quinta-feira, 6 de outubro de 2016

++ pela volta da democRacia no bRasil - ou, a fuga do senSo comum ::

estou sempre correndo do super senso comum, aquelas coisas que ampliam uma forma corriqueira

de ser, como se não houvesse vínculo da vida cotidiana com outras realidades, menos evidentes ::

a hora, agora, de bloqueio da democracia no bRasil, demonstra um vencimento dessa luta entre normalidade cultural e seu contraponto pelas
pessoas que entendem a vida como forma simples, nunca complexa :: o senso comum nos empapa

de sua fraqueza de ânimo :: vamos encher os supermercados e assistir aos filmes que acabam sempre
do mesmo bom e velho jeito :: só isso :: nada mais, nada além? :: não, nada além :: a vida é 

isso ::
o problema, muitas vezes, é que a quebra de bloqueios mentais, assim, coletivos, demanda

forças
de desorganização perceptiva que precisam ser grandemente evocadas :: foi o que aconteceu, 
penso, quando da revolução contracultural na década de 1960, pela união de drogas e estética


psicodélica, em um grande rito de derrubada dele, o
pensamento comum pequeno burguês, com todas as

suas válvulas inofensi
vas de escape perante as dificuldades e frustrações da vida :: mas a virada

contracultural virou estética também inofensiva, pois, depois d
e um tempo, sossegaram-se as forças

de revolução, como é natural que aconteça, caso contrário a desorganização do mundo se torna


insustentável :: meu pai não gostava d
e meu cabelo comprido e de minhas calças desbotadas ::
mas o mundo de meu pai demonstrou-se tão ridículo e até mesmo pérfido, que continuo de 

mãos dadas
com a revolução, e sempre num sentido anticomercial, antimercadológico :: num sentido 
realmente
marginal, correndo por fora, escutando a 
virulência das fontes das correntes libertárias :: até

que,
agora, meu rito individual de selvageria e coleção de poemas selvagens torna-se uma necessidade


coletiva, posto que os vigaristas conquistaram novamente uma terrível hegemonia :: e eu digo:
vamos conectar nossos sentime
ntos ao tempo sólido do sagrado saber humano, lugar de 

origem
de todas as nossas conquistas :: agucemos nossa sensibilidade :: desenvolvamos nossos
caracteres

de artistas :: fujamos, definitivamente fujamos, do s
enso comum :: e, por fim, aproveitemos o imenso

impulso legado pela geração co
ntracultural anterior, onde se inclui o refinamento de nossa capacidade

de comunicação e compartilhamento, at
ravés da internet :: há vozes que nos chamam :: para alguns,


inclusive, há vozes que nos obrigam a tomar atitudes concretas em favor da volta da democracia

no bRasil ::

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