quarta-feira, 2 de julho de 2025

a vida no trabalho é cheia de janelas, portas, para as quais podemos nos virar de costas :: no entanto, elas nos

convidam, e se aceitamos seu convite, nos juntamos a uma atividade mais reflexiva ::  são passagens para o

pensar sobre o que estamos fazendo, a opinião - vejam só - de um espírito benfazejo a querer nos trazer uma novidade,

uma benfeitoria :: são anjos culturais, convidando ao problema, à transformação, à mudança de

rumo :: não raramente, ao sofrimento da recriação :: pensar relaciona-se, por isso, a criar e recriar a vida :: porque, muitas vezes, estamos mortos, e não sabemos ::

nosso curso de vida em sociedade eternamente e, portanto, normalmente, de maneira contínua

e cotidiana, é permeado por tais portas e janelas que, se nos confundem de início, a cada dia podem

ir se tornando avisos claros sobre a insuficiência daquilo que estamos sendo e fazendo :: parei de praticar

o jornalismo para pensar sobre :: abri uma janela para o ar novo penetrar, através do ofício do cientista social ::

me detive, no entanto, na forma como a ciência é praticada :: parei novamente, abri nova janela ::

nada, efetivamente, é tão arriscado atualmente quanto parar a nave da ciência, pois corresponde

ao mesmo que parar o planeta :: assim como, 500 anos atrás, era arriscado pedir uma pausa para a reflexão

em torno dos mitos religiosos que nos governavam enquanto humanidade do oCidente :: vamos compor

agora sonatas, ou poemas, ilustrações novas para uma bailarina, leve, reflexiva, pungente, que precisa

nos guiar :: estou atado a sua coleção de novidades, a seu colar de contas ::