no caso de nosso povo, há sua revelação enquanto povo, que ainda está por acontecer :: somos inconscientes de nossa própria língua, e portanto, de nossa força, enquanto povo ::
tudo aquilo que se parece com alienação, enquanto expressão popular, e que se manifesta como nossa linguagem - a adoração pelo futebol, por exemplo, - virá a se manifestar mais refinadamente um dia...
e esse povo, que já foi uma legião de bóias-frias, e hoje se tornou massa urbana feia, compacta, moldada pelo jeito americanizado que a mídia difunde,
ainda virá a ser o que a própria nação, em sua profundidade, gosta de ser :: uma respiração renovada do ser humano, de inspiração aborígene, amorosa e amazônica ::
ao mesmo tempo, a elite dorme e sonha com essa evolução :: dorme na incompreensão e na indiferença :: no auto-engano de imaginar que o mal que causa, pela crueldade da miséria que nos lega, é sem consequências ((isso é uma forma de dormir em paz...
a consequencia, no entanto, será o próprio sentimento de ser brasileiro, como pranto acumulado :: a consequencia tem sido, ao longo de nossa história, a de gritos por liberdade,
que sempre acabaram por sempre trazer dias melhores :: em uma espiral evolutiva inegável, desde as revoltas primordias negras ou indígenas, os quilombos
que reservavam da fúria branco-europeia a beleza das mães e deusas de inspiração telúrica (a MPB talvez tenha sido o último caso mais concreto dessa resistência) ::
e nossa redenção, a redenção de um povo, sempre veio acontecendo, ao longo da história, em um processo longo (mas continuado, ininterrupto...
imagem :> cena de "O dragão da malDade contra o sanTo guerreiro", de glauber roCha
Tem clareado os textos, muito bem, em forma e ideia.
ResponderExcluirimportante retorno, jOão :: o inconsciente precisa de traduções :: intuitivamente, vc sempre me compreendeu, mas é bom saber que uma lógica cai bem...
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