domingo, 3 de novembro de 2013
a visiTa de yAgo saleS
a metáfora do boi é de difícil compreensão para muita gente, e, por certo, misteriosa :: sou, assinando como artista, o "boi arteiro",
que na ritualização de um significado profundo de vida, persegue a felicidade ao lado de sua esposa, beatificada, "Dona Deusa" :::
sem querer, por vontade própria imediata, mas como resultado de uma vocação espiritual longínqua, somos a bondade que se personifica ::
não há como ser "Boi", Yago, sem repetir o pensamento do próprio Cristo, que guarda para si uma divinização esperada enquanto fim do medo de amar, em um verdadeiro poema épico de salvação humana ::
não há como ser o que vocÊ tanto busca sem a bondade agreste e sertânica desses signos...
o trabalho no Terra Santa evolui na produção de um pai gentil, e de uma mãe benigna, acostumados já no processo da dor geral brasileira ::
como foi com Cora, de certo modo, é conosco :: há uma seriedaDe de menino eterno nisso tudo :: e uma dor benigna de mãe :: e um respiro suave de moça :: e uma evolução
Sílvia e eu agradecemos gentilmente sua visita e seu tempo dispensado a nós, sua coragem e sua labuta ::: aqui, o trabalho é de mover montanhas e de abrir o mar, e por isso se trata d
e um verdadeiro empreendimento da alma :: não existem grandes almas e, por consequência, grandes artistas, sem que uma coragem, como a tua, se manifeste ::
há uma porção de pinturas que, de certo modo, te anunciam :: obrigado pelo seu gesto de carinho :: por você, talvez, ainda sem saber, pensar e perceber o mundo na posição exata,
colocando-se em gestos de humildade, como simplesmente lavar a louça e loucamente buscar a noção de um espaço de proteção, nessa laboriosa brasilidade
que, ao exigir muito, dos que amam o perigo da aventura do crescimento da alma, pinta sonhos de céu e de terra, a cada dia mais límpidos, para todos nós ::
abraços,
Marcus e Sílvia
## << ** ÇÇ (( &&
- ((texto amorosamente publicado por Yago no faCebook, após a visita, dia 28 out. 2013 ::
LOUCAS LOUÇAS - VISITA E TRABALHO NO TERRA SANTA
Cinco da manhã, eu deveria ter chegado. E cheguei por volta das 10 horas. Logo coloquei uma toca branca e fui espremer laranja. Deu certo. Uma jarra loura. Uma manhã louca. Então, fui eu lá no Terra Santa. Ei, lavei louças, viu? La-ve-i a impaciência que me batia por dentro do peitoril magricela. Eta! É do sertão do cerne mesmo falar com o professor Doutor Marcus Minuzzi - é bom afirmar a "doutorice", pra dizer da simplicidade, é bom falar que o rei come no prato dos pobres. Olha: Sou de me encaixar. É que o professor Marcus Minuzzi e sua esposa - ah, como sabe coser - Silvia, não têm horas a receber visitas e falar tanto. Afinal, na rotina diária, cozinhar é o primordial. Entendo. Não resisti e fui lá ser auxiliar de cozinha no restaurante deles hoje mesmo. Entremeio a correria, falamos de alma, de existência, de arroz, de literatura, de clientela que come a melhor salada, de música popular. A vida se repete pra quem não quer se enveredar pela vida alheia, e a minha vida não se repete não. Pense só: Cada dia é pra ser alguma coisa palpável. Gosto de palpar. Depois de vender (mos) pratos e marmitex, eu eu o professor Marcus Minuzzi, olho com olho, fala mansa com fala de menino, discutimos motivos, resultados, vida, cultura, vida de novo, vida, Damasio, sociedade, amor, ih, amor é com ele e sua família. Era uma vez um professor que me deu a mão e falou: "A dor aí dentro vai acabar não". Ri por dentro. Já sabia. Um adotado mocinho de barba que cresce. Se leu até aqui, uma dica: Visite amigos, todos, lave louças, pegue na mão, diga que é bom tê-lo como amigo, diga mais: Olha, olha só o que sou: Um curioso de amizade. E sou. Sou.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário