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sam alves é nossa mãe abandonada pelo seu pai, um bRasil de negras índias que vão atrás de seus herois
americanos :: nossas mulheres querem principes, e a cultura americana e um cavalo de tróia que desembarcou
aqui seus soldados :: estão nos roubando a alma! sam alves parece um príncipe falcon, que nos fala dessa escola que faz falta ao bRasil, e que produz toda essa breganização,
tão próxima a nosso coração de menino pobre, sobretudo indígena :: essa lado moleque do bRasil
precisa reconhecer de vez, e de volta, sua verdadeira mãe cabocla :: as revoluções antropofágicas de 22, 67
e da década de 90, com
Chico Science, tiveram como primeira sábia atitude volTar ao matriarcado de pindorAma :: busque-se
a verdaDe no disCo mais neGado da históRia da MPb, como Araçá Azul :: na imitação de um bebÊ que ouve
o ventrE materno, caEtano soube reentrar no brAsil, para reencontrar-se com Chico Buarque, e fazer nossa
década
de ouro, porque aqui também estaVam Milton Nascimento e todos os demais :: esse olimpo brasileiRo é desígnio artístico de orixá :: narrativas
já surradAs de tomzé e mautNer dão conTa dessA simbiogênese, quanDo o bRasil surgiu junto à própria contracultuRa
norte-ameriCana, dizendo não há racisMO ::
há raiz de caboclo embutida nele, há um negar das eletrificações artísticas ocidentais, para, a partir de sua docilização, misturá-la com candomblés e maracás ::
nesse olimpo brasileiro há do mangue, há da droga em que é ter os dois pés enfiados no paraíso
obscuro da mulher :: há que se estudar e dissertar sobre tudo isso, e montar um céu com as referências como se de
uma igreja surgisse não uma religião, mas uma cultura musical sabiamente libertadora :: sobre a cabeça os aviões da América do Norte com certeza nos bombardeiam,
e todos os novos meninos que souberem reconhecer esses sinais estarão fazendo algo pela cultura de seu pais ::<<<
não há droga super potente, como na revolução hippie, há transcendência cabocla experimentada em pequenas doses,
a partir de nossa própria realidade ultra-realista, o bRasil e suas legendas de forte violência e contraDições
a desafiAr uma intelectualiDade própriA, natiVa, cabocla, como quiseram Glabuer Rocha e Darcy Ribeiro ::
intelectuais desse calibre pouco tivemos ate agora e, segundo Darcy Ribeiro, somos fracos e covardes no amor à pátria, e por isso uma pátria "descabeçada"
pela falta de pensadores que amem de fato seu povo (incluindo o amor os continentes do brega, do funk ,do pagode e do sertanejo) :: essa fraquEza responDe ao medo do matriArcado,
e não precisamos nos preocupar com ela :: cotidianamente, inclusive com a ajuda bruta de São Paulo e seus atuais
"rolezinhos", estaremos a enfrentando :: é uma missão para herois, e por isso já se sente tanta falta
do novo tropicalismo antropofágico que, com certeza, virá sob insuspeitas capas, provavelmente
misturando a favela a mangues improváveis que a qualquer momente podem surgir por todo o bRasil,
via internet, do Uruguai ao Amapá :: sem sofrimento, não há mangue, e sem mangue, não há brAsil ::
como assumir o trono de Cartola, que é ao mesmo tempo um túmulo? nesse novo bRasil de agoRa,
que se faça o impossível, que é perdoar a mãe terra por todo esse desatino, que não tem sossego, nem
nunca terá, mas que conhece inumeráveis formaS de acabAr com todo essE desaLento :: !