terça-feira, 24 de junho de 2014

(( visão poética d+e mariA ~:>





a maioR violência, e a maior benesse, é a das flores, que o tempo todo
nos força ao martírio do arte,

ao canto ajeitadinho do menino com sua namorada, à persistência no
bem :: cola-se a cidade ao meu ouvido,

como forma de ouvir nossos filhos :: porque sou grande, tenho a
persistÊncia :: porque cuido, sou do bem :: o amor é nossa

violência carnal, sua e minha :: é nossa voz e um violão, um pandeiro, as luzes
da esquina, uma lâmpada acesa :: sinto

saudade infinita de teus pistilos, de tua corola ardente :: e segue o boêmio altivo,
ébrio da altura com que se enfeita, do par de asas

que é um vulcão :: ele se enfeita para ti, ó adoradinha, enfeitado de cor e
visão febril, como o anjo pop

homérico dessa violência nacional :: cuido de tua graça amiga, da cor de tua
amizade, dos teus seios,

do batom, da tua experiênciA revolucionáriA :: a pintura espanta o elemento
mal e humano ::

teu lápis de olho é sagrado, tuas sapatilhas :: teu namoradO é senhor de muitas
colmeias, o deus

da recolha de um mel escondido :: transforma essÊncias em pensamentos e loas, em
coisas boas e viris ::

atrapalha o trânsito acendendo o sábado :: é pura juvenil perturbação incendiária ::
é pura domesticação

da natureza mais agreste e gentil :: conversa com lobos, golfinhos e baleias ::  te faz
carinho, acarinha, colore e aquece

a televisão :: usa pólvora doce, reclama os atrasados, defende os
oprimidos :: teu namorado é poesia e nascimento ::

anda sem revólver, a par de todo o sentimento anímico e perturbador da
cidade, por ti :: tu és

a bíbliA, a sensação, o motivamento :: tu és o que todo homem quer,
africanizando sentidos pueris ::

tua és a manada de javalis, a reencarnação em segredo da poéticA visão de
mariA :: tu és o meu

mais prometido e pacificado, difícil e abençoado império :: e nelE, aprendo a
dormir e sonhar

contigo, sem segredos, por toda a eternidadE ::

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