dois ex-alunos
me “marcaram” em uma postagem do facebook sobre professores que “marcaram
sua vida”
:: agradeço :: e isso me fez refletir um pouco :: que professores marcaram
minha
existência?
:: também tenho nomes na memória :: mas permaneço inquieto :: será possível
um
professor para a vida, que extrapole os muros da profissão? :: a vida na América
latina
sob a
chibata da América do norte :: porque, quando vemos, nossa estrutura física e
emocional
se
rompe, não aguenta :: claro, vc pode conseguir uma boa colocação social :: mas
e os que são
colocados
à margem do sistema? :: um trabalhador da saúde, da segurança ou da educação
públicas,
por exemplo :: ou o meu caso, trabalhador do sistema privado de ensino superior,
sob a
égide ingrata do neoliberalismo ::
quando
vc vê, perde-se a utopia e se instala a desgraça :: cotidiano nervoso, caótica
cidade,
política
subserviente, governantes antiquados ou conservadores, subservientes e
hipócritas ::
quem
nos ensina, diante disso, a manter o prumo, a força no braço, a ética e o
abraço? :: quanto tempo durava um escravo
do
tempo da escravidão, um escravo do eito ((o tipo de escravo que trabalhava na
roça e era o mais sacrificado))? :: várias
sabedorias
se instalaram no bRasil, àquela época, para permitirem a altivez do povo
:: inconscientemente,
em minhas aulas, acho que repetia esse tipo de situação :: lembro-me que brincava
com os
alunos, descontraindo o peso de estudar à noite ((depois do dia de trabalho
duro)) em rodas
informais de capoeira :: tanto que fiquei conhecido
por ter como instrumento de trabalho um pandeiro ::
e por
sempre trabalhar em círculo :: algo efetivamente sui generis ::
hoje
entendo melhor os motivos recônditos dessas práticas pedagógicas, que não
passavam sem gerar algum estranhamento ::
e nunca
encontrei na vida um professor, formal, de sala de aula, que me estimulasse
esse tipo
de
desatino, evidentemente :: ou desatino de qualquer outro tipo, mas que fizesse
a vida valer a pena,
para além
do manto das capacidades que precisamos desenvolver para o velho e ingrato
mercado
de trabalho :: são estranhas, de fato, sabedorias negro-indígenas :: quando
realmente vc sabe que o capitão
do mato
está vindo, estas sabedorias ensinam a chamada “vadiação”, tão vitimada pelo
preconceito, mas que estabelecem um patamar
praticamente
milagroso de resistência frente aos métodos torturantes do dominador :: quando Michel
temer, José serra, Aécio neves, Sergi moro, estão cumprindo
com
suas obrigações ((para com os estados unidos)), fazendo com que o país
permaneça castigado
pela
pobreza e a devassidão ((esse país lindo e rico!)), concluo que o que vale a
pena são as sabedorias
dos
mestres das culturas populares brasileiras :: capoeira angola :: velho gingando
enganando
essa
escravidão sem prazo para acabar, e sustentando a graça da vida :: todo nosso
folclore ::
a
tradição indígena dos xamãs relacionando curumins com segurança e habilidade ::
isso é
conhecimento
necessário e tristemente esquecido :: felizmente, o tenho para mim, no auxilio
do
cumprimento de minhas obrigações, em todos os níveis sociais :: #saravá!!!!
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