nada recupera mais o bRasil, em sua essência, do que o futebol :: <<
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
tudo
sempre
pretendi falar a língua dos pássaros e, agora que a atinjo, é natural que quase
ninguém
me entenda,
pois, entre vós, são poucos os que realmente alçam voos com uma certa
clarividência
:: bato palmas e os mil pássaros escondidos
afloram, e falo todas as línguas, murmuro o mugido de mil
máscaras e
de mil monstros :: pego dois, um de cada lado, e vou, tecendo relações :: dois
amores,
duas
máscaras, dois sorrisos :: e tenho, por conta dessa costura, dessa suave dança,
a sensualidade calorosa de um verso ::
a variedade
das formas explicitada por um recital, dois desenhos, uma pajelança, múltiplas
melodias, várias excitações
de rua :: clamores da terra se agitam, e
aquela audição chamuscada de quem se benzeu na fogueira
das bruxas
se apruma, em relação a tudo que comunica e faz sentido :: tenho os mil fogos,
que olham,
do pavão, e
a natureza do gato :: estou bem postado e antigo, por força daquela risada
tenebrosa
e
envaidecida das loucas bruxas :: por isso, é natural que não me sigam, pois sou
muito ligeiro,
e alto
:: antes, chego a achar normal que me
persigam, ou coloquem-se com indiferença, na observação
do que sou
e faço :: nunca sou igual a ninguém :: nunca sou arremedo, nem de mim mesmo ::
apenas
sou
tranquilo, e faço :: uma estranha chama que não se paga, pois não teM pavio,
com diz milton nascimento ::
sou como um
som distante, profundo e vago :: buu, eu falo ao fantasma da rejeição, e ele
corre assustado,
pois é como
cada um de nós, inocente como um bebê, vocacionado ao desespero do beijo, ou do
contato,
com a
ferocidade do conviver humano :: sou como uma monção, ou um calor humano, pleno
de
explosões
ou afagos :: bem bom, eu penso, é o calor das manadas, pois que somos como os
mais fervorosos dos mamíferos, sempre acolhendo-se mutuamente,
apesar de
todo o desespero dos chifres, espinhas e cascos, e seu despreparo :: nos
comunicamos com a frieza dos répteis,
e eu me
desloco :: eu coloco a cabeça para cima e afora da manada, e não digo nada dos
caretas, somente esquento a aspersão de um leite bom, para
todos os
lados :: eu sou quanTas coisas deUs quiser, e por isso, não me calo :: eu estou
agachado
para
imaginar futuros, e por isso, e os invento, no tic-tac, no ritmo pulsante de
uma internet implícita que
sempre
houve, concentrando todo o interesse coletivo :: eu conheço tanta gente que não
escreve
nada, e se
diz consciente de tudo >> eu conto com todo o sacrifício que um único ser
humano é
capaz de
contar, e faço todas as artes da capoeira, sou um capoeirista, ritmado, do
pensamento, escritor
no alto,
que revela a força anímica ::
domingo, 6 de agosto de 2017
soMos
celebremos
por sermos tudo o
somos, que é o que
sonha de nós
uma perenidade
xamânica,
uma nuvem friA,
uma galáXia,
uma longínqua
mãe loba : a gente não tem cara de panaca
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quando gonzaguinhA compôs
esse verso, na canção “É”, antes da década de noventa, talvez ainda fosse possível
acreditar que havia, em torno de nossa integridade pessoal, um certa proteção,
garantida por nossa autoestima nacional :: mas agora, em pleno dois mil
e dezessete, meu temor é de que, sim,
estejamos altamente expostos :: porque, para o lindo povo brasileiro,
não se trata mais
de uma questão de sentir-se lesado pelo custo de vida, questões
financeiras que ordenavam
a labuta diária, mas ordeira, sempre aliviada pela alegria de nossa
identidade
cultural, lá, nos idos das décadas de setenta e oitenta :: o fato é que a ordem econômica pesou a mão
tanto, na passagem do
período da guerra fria ao atual momento do capitalismo mundial, que
nossa própria cultura
desandou :: nesse lamentável fim de mundo, para o início de um outro,
ainda pouco
visível, o perdão do bRasil aos poucos países ricos que nos escravizam
deve ser ainda
mais oriundo de nossa força cultural miscigenada, onde podemos tudo :: o
bRasil
não é a maior nação tropical do planeta, apenas :: o bRasil é um válido pensamento
utópico comunicacional a desagregar o aspecto violento a nós imposto pelos
ciclos
da economia e do mercado :: e desejamos retornar ao pleno de nossa
convicção,
fornecendo à humanidade o espírito livre da brincadeira aborígene,
misturado
aos séculos de desenvolvimento desse “império colonial”, como se diz em
uma das
canções de Chico Buarque :: o choque proporcionado pela visão da favela
destroçada,
em nome da guerra do tráfico, acumula em nós o “lamento sertanejo”, que,
ao final,
só nos envaidece, pela beleza e a riqueza do rito civilizacional em que nos
encontramos
envolvidos ::
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
@@ a internet é uma "bobagem" do espírito ++
ao fornecer a internet, a sociedade industrial nos oferece a contraparte da alienação, o soro para a dose
de veneno que precisamos engolir todos os dias, e que nos afasta de nossas realizações mais plenas ::
no entanto, esforçar-se nessa crença, para torná-la a cada dia mais real, e a vida a cada dia mais alegre,
e encantada, é tão difícil quanto ser devoto de algum santo, como no caso dos santos católicos,
ou discípulo da Virgem Maria, Nossa Senhora Santíssima e Sagrada :: há que se ter resignação e bondade no olhar ::
e, ao final, compreender que todos os votos são para o bem comum, e nunca para si próprio :: há que se
acender uma vela todos os dias e consagrar um terço :: em suma, é questão de fé :: de certo modo, nossa sociedade já fez isso,
pois que deu prioridade ao belíssimo desenvolvimento dessa tecnologia, estimulando seu uso,
apostando nela as fichas de nossa emancipação humana :: assim o é na cristandade ocidental, por força
de Nosso Senhor Jesus Cristo :: creio que se pode dizer desta forma :: ou seja, a internet é um novo mito cristão, que, com a graça do mito,
recebe todo tipo de ataque ou descrença, tornando-se ainda mais glorioso :: que tudo o que eu diga sobre isso, portanto,
soe como balela, como sofrimento católico desamparado, como bobagem religiosa, até nada mais precisar ser provado,
e tudo se tornar uma única verdade :: amém!@
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