terça-feira, 26 de junho de 2018

regiÃo





nada identifica mais o indivíduo do que a sua comunidade ou região (seja virtual ou territorial) :: nada,

portanto, nos deixa melhor localizados na vida, no mundo, na existência, do que a certeza dessas ambições,

e o destronar, portanto, de uma cultura única hegemônica que pretenda abarcar tudo :: nesse caso, o que vale é a destreza de um denso

aconchego às coisas da “terra”, em seus mínimos detalhes :: falo isso enquanto folheio páginas e mais
páginas



de informações sobre o rio grande do sul em seus múltiplos aspectos :: que triste quando nos afastamos 

disso, o nosso solo, sobre o qual, desde a mais tenra idade, sentimos chover uma miríade
de lamentações  e porções

de gozo ou prazer em prol da serpente :: 

tudo se acumula sobre o chão local, partilhado como carne, perfume ou pão :: sua memória constitui o livro

 divino de almas que beijam-se em busca de sossego :: almas que continuam nos
escrevendo, 

ao exigirem respostas para suas ultra penosas ambições :: penso na rede globo ao refletir 
sobre tais coisas fora de cena :: se tivéssemos uma rede

globo que ainda nos escrevesse, como foi na década de 70, tudo hoje talvez fosse diferente no país ::
e se o 

capitalismo permanece, com sua força de homogeneização cultural, como resgatar e alimentar o vínculo

 uterino, o interesse pelo orgânico e local? :: como lamento e choro perante esse precipício :: como sinto

a dor dessa terrível dificuldade, a nos separar de uma forma mais livre e alegre de sobreviver em meio

aos agouros da global civilização ::    

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