domingo, 17 de junho de 2018

luLa e a coPa





a força da ritualidade envolvida na copa do mundo é propor a paz mundial :: o próprio século 20 estabeleceu

essa motivação, por ser um período histórico, ele mesmo, recheado de conflitos em nível global ::
a relação do ser humano com seu habitat, a terra, eleva nossas paixões, paixões de vida, paixões

de morte :: muitas vezes tendemos a encarar um evento como a copa do ponto de vista que simplifica
tudo classificando-o como de importância subalterna – já que a prioridade nossa deveriam ser as 

produções
necessariamente ligadas às coisas úteis :: hoje tivemos a estreia do braSil em meio a uma crise política

das mais sérias, o que tende a fortalecer esse ponto de vista :: aqui devemos lembrar, antes de qualquer

coisa, que o bRasil atingiu reconhecimento mundial por ser, não campeão na dimensão das necessidades práticas, como os estados

uniDos, mas líder absoluto na dimensão da fantasia, do ócio, da brincadeira :: a conclusão é óbvia: campeão na paz, e não na guerra ::

trataria-se de uma vocação, ou seja, uma espécie de tendência inata, que carregamos em nossa essência? ::

creio que sim :: não por acaso, os estados uniDos são a força que conduz a maior parte dos conflitos armados hoje

no planeta :: ao bRasil, enquanto força complementar do novo mundo (as américas), cabe a revelação
de uma tirania da festa :: se não caímos na folia, a realidade se torna insuportável, dada a condição

de nação eternamente escrava, mais uma vez confirmada pela deposição de lulA e seus planos de soberania

nacional :: ou seja, a crise política que ora enfrentamos não nos deve acentuar a descrença no país ::
muito pelo contrário: é justamente porque o bRasil completou mais um ciclo de retorno à escravidão

que devemos nos fortalecer na ginga, na malícia, na mandinga do futebol :: vai bRAsil!!!!, tornou-se
importante gritar, mais do que nunca, junto com luLa, que, com toda certeza, torce como ninguém

de dentro de sua ceLa :: nada é mais representativo do que o bRasil, aliás, nesse momento, do que lula,

em sua mais do que reconhecida paixão pelo futebol :: nada é mais integralmente nacional do que lula,

em sua capacidade metaforicamente futebolística de jogar, de formar o mito do bRasil também como
um player da política e da economia mundiais :: lula, o grande presidente, que fortaleceu mercado 

interno, buscou a proteção
necessária ao pré-sal, que entendeu com inteligência brasileira os interesses de cada país no âmbito 
da geopolítica internacional,

sempre propondo a paz, o fim da exploração, a negociação hábil para a solução dos conflitos :: ao final de seu

goveno, lula se apresentava como um promotor global da paz  :: não só um promotor, mas alguém
capaz de formular as soluções necessárias para que o caminho até ela se estabelecesse :: um meio 

caminho
entre socialismo e capitalismo, algo novo, à moda ocidental, e não oriental, como fazem china e 

rússia ::  durante muitos
anos nos perguntaremos como um sertanejo de instrução média conseguiu atingir um ponto tão alto ::

e não devemos nos surpreender se encontrarmos como resposta a própria vocação do bRasil para a amabilidade :::

a própria vocação do mito bRasileiro, que encantou o mundo com o futebol, e que o fazia novamente
por meio de luís Inácio lula da silva :: não há revelação maior do que essa, para nós mesmos, que se 
fortalece

em meio às dificuldades interpostas pela desgraçada escravidão :: a volta do bRasil à posição de submisso

vai gerar um novo estímulo à proposição da vitória da paz, graças à sabedoria acumulada pela obrigação

de relacionar diferenças, habilidade sempre atualizada pelo nosso mito de cordialidade racial :: :: se engana quem

pensa que voltamos à barbárie, ou que cristiano ronaldo nos roubará a honra de sermos os melhores com a bola :: é esperar para ver ::  

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