acho que uma parte significativa disso que está colocado corresponde ao famoso complexo de vira-latas
característico dos brasileiros :: os estados unidos, a partir de uma invencível capacidade tecnológica de fascínio,
mandam no mundo :: escutando meia hora de música sertaneja, caipira de raiz, e refletindo sobre a identidade
a que esse estilo se refere, concluo isso :: o jeito caipira de ser não fascina, muito pelo contrário, acaba ficando
em considerável desvantagem, por representar nenhum requinte se comparado às peripécias dos norte-americanos
e sua masculinidade assertiva, que chegou a luA, produziu o cinema de hollywood e faz inúmeras guerras
mundo afora :: enquanto no bRasil o masculino empreende outras formas de convencer, por certo muito
mas astutas dadas as condições historicamente difíceis de sobrevivência do país :: por isso o sertanejo caipira
é um apelo à vivacidade extraída da carência, da falta, da pobreza :: nessa maquinação realmente incrível
em termos de produção alegórica, consegue abstrair a condição escrava do país, dando um incrível salto
em direção à beleza :: é simples, é caboclo, é divinamente belo :: é um potencial de sobrevivência, em meio
às agruras de uma economia gloBal que castiga os que produZem por meio da sua força de traBalho :: nesse contexto,
os poucos bRasileiros que ainda resistem na trincheira da brasilidade vÊem seus compatriotas desfazendo-se
de suas cantorias românticas, suas calças remendadas, seus panos puídos, enquanto alegoria da fonte que os trouxe
até aqui, na história, para se deixarem levar pelo americanismo fajuto e imposto, imitado, onde o pensamento
próprio se esvai, em nome de um falso brilho, uma roupa rica em poder mas pobre de espírito ::
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