domingo, 19 de abril de 2020

>< gusttavo liMa, baita otário :: ++



acho que existem mulheres que gostam do gusttavo lima :: claro,
evidentemente, na realidade, existem às pencas essas mulheres ::

eu poderia dizer: "deixa elas" :: mas não me parece tão simples :: ora, assim
como no caso da pandemia, atitudes individuais podem ter desastrado

efeito coletivo :: numa época em que precisamos, cada vez mais, nos
devotar ao feminino, para encararmos com propriedade questões

espinhosas como o aquecimento global,do qual a própria pandemia talvez
seja um novo reflexo, idolatrar machos alfa talvez seja um tanto irresponsável

:: aquela masculinidade exacerbada, no frigir dos ovos, podem crer, é um
tiro no pé :: mais algumas décadas, a continuarmos com tais políticas

de envolvimento sexual, o que se dá por meio de opções estéticas
como a música sertaneja, e se produzirão razões para um pânico coletivo mais

agudo, mais intenso, que esse de agora :: precisamos reconhecer
que, progressivamente, ao longo das últimas décadas, o machismo brasileiro

vinha arrefecendo, ou seja, se direcionando para algo mais brando ::
a vantagem disso é evidente :: as brincadeiras de meninos, que colocam o prazer de seu órgão sexual

acima de tudo e de todos, podem seguramente ser consideradas
a própria raiz natural de inúmeras mazelas, desde o alcoolismo (ao qual

a imagem dos artistas sertanejos está conseguindo perversamente se associar)
até o neoliberalismo econômico genocida :: mas, no momento,

esse curso de abrandamento foi interrompido, pela interposição de um mito moralista
que não passa de pura intuição masculina no sentido de que seus privilégios

de matriz sexual estavam sendo eliminados :: percebendo o avanço irrefreável
das mudanças em favor da igualdade de gênero, a masculinidade como

que entrou em desespero :: ++

++ gusttavo lima, pare de se exibir um pouco :: qualquer mulher sabe,
se não esconde o sol com a peneira, que tua postura representa

a mais pura falta de capacidade de se manter fiel um dia que seja, no contexto
de uma relação a dois :: toda mulher minimamente arguta sabe que

teu charme é pobre, se formos pensar na promessa de felicidade que
a visão de um homem bonito pode trazer :: gusttavo lima, você é um otário, e o fato de a família

bolSonaro defendê-lo é a confirmação mais pungente de tudo isso que
estou tentando dizer :: na onda podre que vc espalha, estimulando

a naturalização de prostíbulos por meio de posturas iguais à tua, sinto
o gérmen dos feminicídios, do abuso, do assédio, da corrupção, do crime, do narcotráfico,

da poluição ambiental, da destruição da amazônia, tudo :: o difícil no bRAsil,
nesse momento, não é nem livrar-se de bolsOnaro, que, a bem da verdade,

não chega a calar fundo no coração do povo (apenas no coração dos descontrolados como ele) ::
o difícil é brigar com a onda conservadora escondida no seio da cultuRa ::

ao mesmo tempo, cada músculo que vc malha, como infestação de testosterona
em nosso imaginário popular, gera um asco equivalente em meio àquelas pessoas que entendem

a real necessidade de transformar a vida em algo mais leve, bonito e humano ::
e é por isso que se torna possível ter esperança em um novo bRasil, onde,

certamente, um de nossos tesouros artístico-intelectuais, que é a cultura caipira, será resgatado
do verdadeiro lixo em que se transformou, por força de pessoas como vc :: #prapensarumpouco

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>< antídOto :: brizOlismo ><
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domingo, 12 de abril de 2020

abraÃo



minha aliança
ejaculada
com o sagrado vem
de
minha aliança
com o horror,
uma tal vivência
diametralmente
oposta
à calmaria
do mundo,
e que
só eu sinto,
à minha volta,
entendo
e, fartamente
perturbado,
uso contribuitivamente
com abraÃo
para povoar
a terra
de novas nações,
abrasileirando-a,
a partir
de densas
caldas
de excitação
cabocla,
na experiência
sensível
das
verdejantes ::
ai, emoção que
me faz pintar
uma arca de
solução aos
pavores
tântricos ::
que me faz beijar
os prédios
das construções
mais tediosas
de nossos
imensos
percursos
existenciais,
e tornar
tudo mais
picante,
unido
ao poder
do ser
amAdo,
que
desconhece
o frio
graças à luz
de sua vela
em seu
candeeiro
de luz
infinita ::
na lista
dos lentos
sacrifícios
para o corpo
e o espírito,
minha calma
natural,
meu jeito
manso de boi,
de modo a que eu possa
enxergar
(qual abraÃo)
nos corriqueiros
métodos
da união
sagrada coletiva,
os gestos míticos
armazenados,
por sua repetição
mântrica,
sussurrada,
que só eu
percebo ::
minha
mescla
de boi com
gato,
e é como
vilipendiar
seios,
amando-os,
explorando-os,
sendo uma
criança
sôfrega
de ardente
religação
orienTal
com o
firmamenTo ::
como no
último
feriado
de páscoa,
desse dois
mil e 20,
em plena
explosão
da pandemia ::
chocolate
de páscoa,
na pobreza-riqueza
de seu
prosaísmo
anual ::
será necessário
esquecer
o tempo,
reanimá-lo,
com o recurso
da sagacidade
municipal,
estadual
e federal
do bRasil ::
::
arranjo
nupcial
com diamantes,
quatro
cores,
oito
verdades,
a sensação
de "rês
restabelecida
do abate",
alma
imemorial
ou
amoral,
oitocentas
possibilidades
de reescrever
o que sinto
ou sonho,
ancião
mágico
com suas
têmperas,
suas mãos densas
de raízes
fincadas
no mato ::
ancião paulo ::
ancião plural,
no pulo
do gato
astrofísico
jogador,
exu astral ::
ato mineral,
explosivo
da mineração
guerreira ::
junto
com o chocolate
prosaico,
netflix,
filmes
e séries
adolescentes,
ritual
ativo
de conexão
tecnológica,
também
ali ardendo,
na dificuldade
do implícito,
na complexidade
que é enxergar
ali um amor
embutido ::
::
como são
difíceis
as sereias
bondosas
que
naturalmente
apontam
caminhos ::
apitam ::
não tenho
felicidade
se não vejo
a comunhão
praticada
pelos meios
artísticos ::
cultura popular
pop ::
ressignificação
das promessas
de crisTo ::
iluminação ::
trabalhar
os caminhos,
com as bênçãos
dos meninos ::
e me rendo
à necessidade
de abrir
esse mar
vermelho,
dar ao poço
sem fundo
da existência
esse aspecto
pascoal,
de clemência
e sabedoria
para as mãos
que duramente
amassam
sonhos
misturados
a farinha,
água e pão ::






"Já a ingestão do pão ázimo, ou o que Deuteronômio 16:3 chama de “pão da aflição”,

serviria para que se revivificasse na memória a pressa da saída dos escravos da terra do
Egito, a falta de tempo para a fermentação e as tribulações que outrora passaram. Além
disso, Aran (1976, p. 117) acrescenta que a não ingestão do fermento, um agente que tinha o
poder de mudar a natureza do pão, era uma forma de exercer a “pureza” (por isso, o uso do
mesmo era considerado corruptivo em festas ou dias sagrados)."