há de haver uma consulta a saberes ricos em
informação armazenada, densa :: o íntimo sutil
e menor da fonte da vida :: riqueza natural
propriamente
dita, biológica e inumana :: a revelação em
processos mínimos, microscópicos, de formulação
escrita sob a forma de composições elementares
:: dança química e fulminante, gloriosa :: quando a alga ou o fungo brigam por
habitat e comida, isso é desvelador e higiênico,
se nos informamos a respeito, pois nos
deslocamos a um reino tão contínuo e essencial-contíuo-essencial, que nos
esquecemos dos amores em vão, pelos quais
sofremos, nos aliviamos da disparada de preços, das disputas entre
carreiras de artistas, em suma, de tudo o que
nunca parece ter jeito na vida :: protozoários :: o mudo escuso
e profundo das formas animistas :: a imitação
do vegetal, a brincadeira do malabarista :: porque
assim nos tornamos mágicos :: o querer imitado
do enxame de abelha muda a nossa cara, nos absurda ::
estou pleno, diria manoel de anjos e bairros,
as manoelinas certezas de quem se apartou deserticamente
de tudo :: e esse será um saber antológico, catalogado
no mundo das incertezas de quem viaja
de bem com o sentimento único :: não conheço
outro plano que me alimente, e por isso eu vou, e sou caboClo,
arranJador de formiGas, domesticador de
besouRos, anjo abençoado com os cabeLos das bonEcas
de milho :: o sol poderoSo arde e me abre, pois
assim sou todo linguAgem, um processamenTo
de sinais, só, apenas isso, e vivo a poemas de
distânCia do trânsiTo na rua, sem levar freada,
sem receber bola na cara ou bala de boRRacha ::
sou ultra vago :: sou ligeiro e ansiolítico lisérgico :: sou vento
na pradraria, sou tudo o que se ama com os pós
nas patas de um inseto :: sou uma língua ligeira
de um lagarta que come um inseto, sou uma
pradaria :: e vento-vento flechando no universo,
sou uma escala graduada de sons e vinculações
entre seres e fantasias ::
ágora :: briZola e a legalidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário