é, eu acho que vou estar sempre ter que estar achando uma solução para esse meu estar no mundo, virtualmente sem solução
como abóbora sempre serei, solução branda e mítica, onde não esqueço de ninguém que esquece de mim, desejo lácteo de união a tudo que há, como abóbora padeço, como abóbora morrerei
também há a força quase civica do manjericão, o querer ser eleito verde onda de unidade mítica, um esponsal dolorosa com a vida mais primitivo, em seus processos simples de existir e de absorção de nutrientes, morte, vida, reprodução, deixar de si uma verdade purificadora e sumir, para assumir outra linguagem e repovoar o mundo mais adiante, pelo todo sempre das difíceis eras
eu sou querer serpenteador dionisíaco arbitrária, imposição da ferocidade criativa do vivo estar no mundo, eu sou belo e arbóreo mugido, de precisão esfingica, que um dia se desvelará
podemos resolver até a fome do mundo, mas nunca a imensidão de um penar faminto por amor no temporal que é o existir denso de desejos do porvir humano
podemos até imitar a sombra do divino em rituais marcados por sabores e sensações paradisíacas, mas o medo terno que congela meu estar menino no mundo é precioso, afiao e absurdamente imponderável
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