na guerra
do corpo contra
o mundo,
encontra-se
a corrente
olímpica
mente
ocidental
que nos
impede
de rever
o tempo
de um céu
em que
há mitos
românticos perfeitos,
numa congruência
quente e eufórica
entre mar e sertão.
em qualquer
cidade brasileira,
e, por isso,
em cada
nosso
habitante
desta
terra,
repensa-se
o viver mal
sonhado
com a música
de uma sabedoria
estonteante
da mistura
negra, branca e índia.
toda
nossa lírica acumulada,
especialmente
a partir de
macunaíma,
é como uma
boiada em marcha
infinita,
chifrando
os cascos,
e ardendo
em sede.
nesse
tabuleiro
de 1 milhão
de peças,
os deuses
se acavalam,
jurando
inimigos
de morte,
tramando
a revolta
de minas
contra
os marines
americanos,
lembrando
o amor
terno
dionisíaco
que
gera
a
extensa
formação
cultural
brasileira.
A música que
ouves no
rádio,
no punk periférico,
na esquina maldita,
em Renato Russo
e na explosão
evangélica,
no acidente
de carro
que fuzilou
o fundador
de Brasília,
na roda
em torno
das
cabeças
míticas
de Tancredo
Neves,
Lampião
e Cora
Coralina.
Há nessa
roda
viva
a mão
ativa
de nossos
sonhadores
por
um brasil
independente,
arquinimigo
pacífico
da
forte
região
olímpica
perseguidora
de Dioniso.
o meu pranto
já entediado
é pela
sobrevivência
antiga
litúrgica
de uma mesa
de apóstolos
pedro,
fundadores
de uma
igreja
que enoja
os muito
fracos,
os cristãos
que não
conhecem
espinhos,
a minha
pobreza
monetária
a cada dia
mais semelhante
à dos flagelados
da seca,
à dos morros
cariocas,
à dos motoboys
armados
de são paulo
e goiânia,
é por esse
ouro amigo
das minas
reais
do império
ao sul do império
dos Estados Unidos,
e que arte
executa na
formação
de todas as
lavras,
urbanas
e rurais,
do rock
ao sertanejo,
único império
realmente
percursor
de bons meninos.
nesse choro
infindo
de velhas
senhoras,
há muros
e grades
que machucam
o avoar
de cabras
mágicos
como Glauber
Rocha
e Luiz
Gonzaga.
nego o fascismo
que se abrasileirou.
a feia
arte cristã
que se
tornou piegas
ardilosamente
sabota
o alegre
menino brasileiro.
há no monturo
de velhas
esperanças
o rico
feliz
domínio
educacional
e mariológico
de um país
do futuro,
como sonhou
Darcy Ribeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário