um humus denso de dioniso provoca meu amor e faz surgir o denso fogo de tudo o que é cristão :::: atavismo de homero ++ pensam+ento feito cruz+ :: e olho coMo pai para o foGo intenso, as rosas, os olhos que de certo modo me ridicularizam como crIador, deuS pai :: bolas de foGo abrem o senso do ridíCulo :: na carne, de certo mOdo, todo uma galáXia ativa produz viDa ::sou profEta e tenho a bêNção do amor de crisTo, pois minhA carne não se gasta ou é apodreCida :: me atiram pedras, e tenho a menTe do atiRador estagirita :: na intErnet, sou manoeL forTalecido por um pó, um barRo, uma pedra, ventre liso e alivianTe da deuSa :: porque eu nãO tenHo medo, eu sou o sEu perfume, tudo que a sinaLiza, seu ventre livre :: ali, um jarro me coNsola, e tomO goles distanTes :: meus pensamentos viraRam golfinhos e formigas, sou a
pressa e a calma do ociDente ++ uma canÇão me consoLa, calÇo sapatênIs, sonhO comer, estou com verMes por toda a casa, mas tenhO uma calma antiga ++ estão a me dizer, "te acalma", e estou a comEr formAs novAs de produções seminais (ou meninas, um gosTo de milho com friDa kahlo, uma teXtura alta azteca :: estou sóCrates porqUe sou o menino fugido, do egiTo, e dePois, para o egiTo :: estou sanGrando, com paiNeiras eterNas do pai quE, por sua brisA, me liberTam :+ estOu suAdo, pois esCrevo :: estou santInho, porQue conhEço :: estoU foDa, porque JAMais pereço :+ vermEs em minha barriGa, são o meu cauDal de leTras :: e junTo peças e jaMais pereÇo
domingo, 27 de dezembro de 2015
sábado, 26 de dezembro de 2015
chIco
há uma relação entre preguiça e preconceito que é uma das que mais me intriga ::
faz parte da vida economizar esforços :: é útil e prazenteiro :: mas não deveríamos
ter piedade, por nós mesmos? :: não há tanto desencontro e desavença dos quais
seria muito melhor nos desvencilharmos? :: do fundo da alma, o ser humano sabe
disso, e trabalha grandiosamente para combater erros grandiosos, como essa mania
piedade, pelo amor de dEus!, de nossa cultura, tão custosamente desenvolvida
e agora tão curiosamente achincalhada, como no caso dos garotos problemáticos
que agrediram chico buarque :: quero pensar nas grandes soluções, e por isso precisamos
pensar em novas formas de pensar, instauradas tão elegantemente - eis a questão -
e tão longe da europa (eis outra gloriosa determinação) desde a primeira revolução
antropofagista, na década de 20 do século passado :: precisamos buscar o resgate
mesmo inocente das formas brilhantes que cravejam de beleza o abecedário
brasileiro :: aquelas formas longínquas são o nosso céu em ouro, como nas melodias
primordiais que villa-lobos decalcou de nosso inconsciente mítico, em ouro instaurado,
em sangue celebrado :: em sangue instaurado, em ouro celebrado :: e assim para
sempre, como na imagem do trenzinho que segue ao longe e ao infinito :: nada
aprimora mais o brasil, e tenho dito, do que um bom ouvido aguçado ::
sábado, 19 de dezembro de 2015
estudando verbos com meu filho, refleti sobre o poder de nuances da língua culta :: não o verbo desmedido
em relação aos poucos que conseguem se desenvolver, mas o valor poética das variações em torno de tudo aquilo
que se faz com o sabor dos idiomas, em qualquer ou todos os campos do conhecimento :: não é fácil conjugar
eração pela palavra, conjugado o desejo, vamos saboreando
os temperos e o sabor do mato :: aqui na fala oculta de dindin e dondon o cego é que é sertanejo :: e o prazer
amadurecido da revolta com o coração :: paro e penso na musa, montanha de ferro, a minerar, tal qual como foi,
esquartejado, com drummond, ou lassidão que mutilou pessoA :: ah, montanha de ferro :: eu paro e tomo
café :: aquilo que o coração produz é o nosso peito, peito de poeta, cabeça de esta
feta :: estou a ser manDado ::
em relação aos poucos que conseguem se desenvolver, mas o valor poética das variações em torno de tudo aquilo
que se faz com o sabor dos idiomas, em qualquer ou todos os campos do conhecimento :: não é fácil conjugar
verbos como pede o cancioneiro universal, e a salvação revela-se nesse difícil engenharia :: na cabeça difusa
de hoje em dia, repleta de estâncias de min
eração pela palavra, conjugado o desejo, vamos saboreando
os temperos e o sabor do mato :: aqui na fala oculta de dindin e dondon o cego é que é sertanejo :: e o prazer
amadurecido da revolta com o coração :: paro e penso na musa, montanha de ferro, a minerar, tal qual como foi,
esquartejado, com drummond, ou lassidão que mutilou pessoA :: ah, montanha de ferro :: eu paro e tomo
café :: aquilo que o coração produz é o nosso peito, peito de poeta, cabeça de esta
feta :: estou a ser manDado ::
e a história gira a meu redor :: os quilos de comércio, e o ser humano sedento :: saias de tule, rendas, brocados,
o nível enjoAdo das noivas com a casa, em alto mar :: lápis lazuli, pincéis, batom, a
terapia do incesto,
o estampado pro sofá, uma interrupção :: no final, a mulher mede as horas e o nosso medo, está coletando
alegorias, formulando os passos da penúria como procissão :: e meu fardo refunde meu lamento
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
feminismO
"o feminismo surge como crítica a um estado de violência contra pessoas concretas marcadas como mulheres ou portadoras e características ditas femininas" ((
marcia tiburi, zero hora, 06 dez. 2015
não sei quanto aos meus amigos, mas o feminino está em mim, sobretudo, por intermédio de meu pensamento,
extremamente circular, e mais poético do que objetivo :: não À toa, pertenço uma espécie de professor, pesquisador
intelectual extremamente violentado pela presença, em nossas universidades, de um "machismo estrutural" ((para usar uma expressão de marcia tiburi
no texto de zh)) ::
e todos os nossos intelectuais acentuadamente inconscientes, dormindo como bebês ((ao menos isso))
para novas
possibilidades de conhecimento :: :: posso, por conta disso, reivindicar-me
como feminista, sem ser mulher, muito menos homossexual :: deveríamos aprender a perder esse medo,
o que, admito, exige muito rigor e método, mas sobretudo coragem e alguma "loucura" :: talvez uma forma
louca, e por certo artística, que se encontra no seio do ser mulher, tão carregado de pensamentos bons com relação
à diversidade da prole e da criação, sempre tão carregado de leite e amout-9753r :: será que nós homens temos medo,
ou inveja, desse leite bom, desse ser vaca, sem os a
zedumes do boi? :: por isso, o meu feminino sempre em construção
ainda presente na força estimulada pelo excesso de atribulações, no excesso de coisas para fazer, num não parar
nunca, num pouco parar, mal para comer :: no machismo está um medo de mexer-se
e funcionar conforme as ressonância da mais divina filosofia, que apregoa um difícil ofício, o de nunca parar
para pensar :: o masculino para enquanto pensa, e isso é forte :: mas o feminino espalha graça enquanto
voa, e isso é mais sublime e encantador :: não explica muitas coisas, apenas sugere :: e isso é muito melhor
que qualquer heidegger :: é um mel de zaratrusta ::
marcia tiburi, zero hora, 06 dez. 2015
não sei quanto aos meus amigos, mas o feminino está em mim, sobretudo, por intermédio de meu pensamento,
extremamente circular, e mais poético do que objetivo :: não À toa, pertenço uma espécie de professor, pesquisador
intelectual extremamente violentado pela presença, em nossas universidades, de um "machismo estrutural" ((para usar uma expressão de marcia tiburi
no texto de zh)) ::
e todos os nossos intelectuais acentuadamente inconscientes, dormindo como bebês ((ao menos isso))
para novas
possibilidades de conhecimento :: :: posso, por conta disso, reivindicar-me
como feminista, sem ser mulher, muito menos homossexual :: deveríamos aprender a perder esse medo,
o que, admito, exige muito rigor e método, mas sobretudo coragem e alguma "loucura" :: talvez uma forma
louca, e por certo artística, que se encontra no seio do ser mulher, tão carregado de pensamentos bons com relação
à diversidade da prole e da criação, sempre tão carregado de leite e amout-9753r :: será que nós homens temos medo,
ou inveja, desse leite bom, desse ser vaca, sem os a
zedumes do boi? :: por isso, o meu feminino sempre em construção
ainda presente na força estimulada pelo excesso de atribulações, no excesso de coisas para fazer, num não parar
nunca, num pouco parar, mal para comer :: no machismo está um medo de mexer-se
e funcionar conforme as ressonância da mais divina filosofia, que apregoa um difícil ofício, o de nunca parar
para pensar :: o masculino para enquanto pensa, e isso é forte :: mas o feminino espalha graça enquanto
voa, e isso é mais sublime e encantador :: não explica muitas coisas, apenas sugere :: e isso é muito melhor
que qualquer heidegger :: é um mel de zaratrusta ::
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