há uma relação entre preguiça e preconceito que é uma das que mais me intriga ::
faz parte da vida economizar esforços :: é útil e prazenteiro :: mas não deveríamos
ter piedade, por nós mesmos? :: não há tanto desencontro e desavença dos quais
seria muito melhor nos desvencilharmos? :: do fundo da alma, o ser humano sabe
disso, e trabalha grandiosamente para combater erros grandiosos, como essa mania
piedade, pelo amor de dEus!, de nossa cultura, tão custosamente desenvolvida
e agora tão curiosamente achincalhada, como no caso dos garotos problemáticos
que agrediram chico buarque :: quero pensar nas grandes soluções, e por isso precisamos
pensar em novas formas de pensar, instauradas tão elegantemente - eis a questão -
e tão longe da europa (eis outra gloriosa determinação) desde a primeira revolução
antropofagista, na década de 20 do século passado :: precisamos buscar o resgate
mesmo inocente das formas brilhantes que cravejam de beleza o abecedário
brasileiro :: aquelas formas longínquas são o nosso céu em ouro, como nas melodias
primordiais que villa-lobos decalcou de nosso inconsciente mítico, em ouro instaurado,
em sangue celebrado :: em sangue instaurado, em ouro celebrado :: e assim para
sempre, como na imagem do trenzinho que segue ao longe e ao infinito :: nada
aprimora mais o brasil, e tenho dito, do que um bom ouvido aguçado ::
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