para sair da terra,
explosões ::
para desvirginar o paraíso,
ataques de humilhação ::
o mito do inferno abre
nossa febre imaginadora ::
seu poder é cruel e invencível ::
para cada sim haverá um não,
de jeito contínuo,
de modo que a paz jaz no infinito ::
estamos presos à procissão dos
mortos que sangram ::
estamos aqui vingando tudo
que já sucedeu entre nós
em termos de gritos e selvageria ::
a cada guerra irascível, ocupações
novas, ovos que se põem em
delicada junção
aos extremos do amor humano,
o amor e seus limites ::
nada escolta tanto o saber do
novo mundo quanto
o ouro ardoroso implícito
das navegações,
a fome pelas sensações
da terra como império
de tudo o que é bonito :
Nenhum comentário:
Postar um comentário