e represento, não gostam do meu
jeito, porque sonham com um mundo simples, que dê menos trabalho
em termos de interpretação, paciência
e leitura :: eu, e várias outras pessoas como eu, que não priorizam
dinheiro, nem gritar com os filhos,
nem exercer os inúmeros preconceitos que nossa sociedade se habituou
a exercer, nos últimos anos, a partir
de uma leitura simplificada sobre como deve ser a vida em sociedade ::
estou rico em delícias e cordura para
oferecer porque sou pensante sobre o país original das compras como alegoria,
sem pretensões de mercado, ou
consumistas :: sou a ária mais distante da natureza, entendendo a doença
como cura :: sem medo :: por isso pouquíssimas
pessoas me entendem :: e faço disso
o mote para que todos se sintam como
eu, únicos e inimitáveis, bem menos cínicos ::
:: faço que tudo seja como criança
pequena
ou ascendendo à condição de grão ou poeira de sal, pequenas partículas que se
acumulam na relva, promovendo um espanto primordial, fome densa, paz profunda
:: e, nesse
carrossel do inimaginável, como o prazer
intangível de uma brincadeira de rua, muito abrigada pelo rumor
também intangível dos ócios
coletivos, me encontro e resido, como em um colete salva-dias, único, úmido e possível
::
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