terça-feira, 21 de abril de 2015

bisÃo

parece que somos como plantas, necessitando de uma área bem arejada
para crescer, em contato

com água e o sol :: essas águas são meus amores pictóricos, formas naturais de
cor, que me permitem

pensar como um homem naturalmente são, formidável, fazendo coisas boas,
nunca banais (mesmo

se pequenas) :: há um drama da vida, nisso, que é um drama da qualidade
estética, da beleza ::




crianças em berços da disneylândia não são meu artístico aconchego :: do
modo como me encontro, sempre

escrevendo por tintas de uma enseada de cor americalatinófila, sempre por um
caminho dÁfrica,

apenadamente me encontro :: reunidamente me encontro com os mestres da
fantasia brasileira ::

são poucos os militares, dessa ordem, porém são os grãos-mestres da
elegia nativa apolínea ::

são soldados, com missão nativa de um solo de maria, parecem-se
com jesus cristo

e por isso cumprem um estranho destino por amor À humanidade,
de versarem

sobre uma beleza apenas em dinheiro pobre :: são um sentido fino para
a fantasia da

simplicidade :: pais do solo, pais da melodia, do escravo bento que apruma
com cara e pó o

rito completo da escravaria :: sob um céu de xangô, aconchegam o ruído pobre
de latinhas em arames,

como aquele obtido no berimbau :: pais da favela e do samba, da simplicidade
verde e rock, da mangueira natural

e das pradarias naturais da américa do norte, onde o bisão corre :: cascateiam
as águas, são solos,

portas e janelas míticas, portas de furnas com avencas, sempre apurando um açúcar,
uma efervescÊncia

natural das linhas humanas puras, sempre pintando uma novidade::
eternamente,

têm no máximo 25 anos de alma, na aparência jovem, e dormem nos
costados do infinito :: são os filhos

da loba eterna :: gostam de redemoinhos, samambaias e latas de cobre,
tinta de urutu e cascas de árvores ::

dentro dos arbustos, formam as tocas e escrevem falas que não possuem grossa
audiência ::

afastam-nos das cavernas para ensinar que o sentido oculto está na brandura da carne,
no sossego da

leitura ao sol, no chocolate, na pimenta, no leite :: vão com isso amadurecendo
uma posição

concreta no mundo, como a lona de um mito, a lona da arte como cura da
vida aos pobres :: são mambembes,

e sempre combatidos :: é difícil ser grão-mestre e grão
senhor dessa ordem :: aprende-se nela a voar

encapsulado em um mistério de águas geladas que voam e
decolam :: somente a variação dos solfejos

despretensiosos, imitando a escravaria inteira da América e dos
Estados Unidos, a punição vencida

com água, permite aos velozes a paciência necessária de espírito :: há uma
América pacifista em meu





coração, e eu me chamo sinuosamente aquele que respirou de maneira
boa até conquistar uma

afeição perfeita pela onda inteira da humanidade, todas as suas bandas da
morte, todas suas correrias,

todo seu desencanto :: agora, ainda sem saber tocar piano, reinvento os
pés, os passos da cigana

bailarina, em nome da liberdade, das crianças, em nome de minha própria morte ::

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