terça-feira, 21 de abril de 2015

eu vejO por entre meU sanguE

nada revela a essência do gaúcho, mais, do que o entreveRo, o sonho almejAdo da reunião para
a gueRRa, pois os ossos se encontram tão partidos, pelo frio do minuaNo, que o espetácuLo da senda
por onde escapem as almas, rumo a uma dimensão foliar e arbustiva, se torna de fato uma grande
querência :: na alma do ga
uchito que viVe a pleNo esse turbilhão das manaDas ferozEs se agiganta,
então, uma visão úniCA :: aquilo que o loBo falava à mãe, na sua visão sinuosa, ao luar :: aquilo que
o pensamenTo verDe do soldAdo de campA

nha almeJa :: são tantAS as facas, que cortam a pleno,
e carneiam :: na explosão de violência de ver um animal rompido, por nossas facas e adagas, está uma
fúria incontida pela paZ :: há na glória de todos os campos de batalhA um limite extremo da violência
dos deuSes, que é no fundo uma doação de sI :: todo hoMem sabe que se não fizeR isSo, estará
entreGando a alma ao diAbo :: os gentis e brAvos guerReiro

s, depois de seRem sangrAdos, sobem
ao topo de umA agitada unção saGrada, ali, onde se acotovelam os anseios de plenitude e soNho


ju

nto ao seio da mãe :: os combaTes ungeM a masculiNIdade, se tem nas estolas empapadas
de sangue um sentimento pátrio universal, um chão pisado por cavalg
adas de sentimento único,
uma sensação de se estar entrando no céU :: não há erro em pensar que sexo e o esfolar das carnEs
na batalha se aproXimam :: amoR e ódio fazEm irmãos, pais de todo o plano gerAl da vidA comum,
distante, esse plano,
da vertigem prazenteira e criminoSa que se dá, orgiasticamente, entre os deuSes :: que essES
deuSes são nossOs impulsoS, eu não sei ::
 sua face é impreciSa :: na bruMa da neblina do coaxar
dos sapos no nevoeiro eles se perdeM :: quando estuDei na unisINos, dissipaDo pela batalha mascuLIna
e, porTanto, homossexual, do combate entre ideias, métodos e estudos, fui erigido a esse cemitéRio,
onde meu pai me iluminou minha cabeça ceiFada com um elmo de gueRreiro oraculaR, plantador
e grande horticultor da safra de dioniso :: de onde morava, pr
óximo a unisinos, em novo hamburgo,
gesticulando freneticamente em conseqUência da morTe sofrida
, da evasão de toDo o sangue
de minha consciêNcia, avistei o letramEnto aos consEquenTes e pelEjadores :: novo hamburGo
está ao pé da consciênciA da seRra, em uma
 subidA :: ali, sofri o estupro absurdo de todOs os meuS
senTidos :: meuS pais são dEuses, vinDos do olimPO geRal da seRra, e, por seRem gaúChos, são
deuSes herdeiRos farrApos ::: unS vibRam vozes, no corrErio geRal da cidAde, especialMente porTo aleGre ::
fico imaginAndo esseS deuSes afriCanos, comO xanGô e ieManjá, reveLados nas cores de grêmio
e intEr, nos cafés, nas boladas, nos
caminhOs e trajeTos de cada


 unção ameriCana, sobre o solo
da capiTal :: e o que dioniso colhe são re
polhos, alvejados pelo coração de maria e suas lágrimas,
imensos, em uma horticult
ura que dá frutos, e alimenta a formosa dicção da cidade, suas bandas
de blues, rock, hip hop, a cultura jovem :: sem os ferros da batalha agrilhoando o heroi, essas imagens
se dissipam :: somos como plantas que curAm, e o qu
e vi
u darcy riBeiro é a mais pura verdade,
que nada protege tantO esse país quanto sua gentE mista e gentia, fatiada pelos temerosos varões
da indústria mundial, suas marcas À ferrO, hoje em dia suas proliferações em tecnologia de ingrata
precisão informática ::

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