sábado, 15 de agosto de 2015

(( fiLhos




o muito que eu te preparo
a vida que eu esquento
e os passos sossegados
a minha solidão sozinha
uma espécie de peonagem
na esperança de um sorriso
ou um alívio para uma fraqueza
o quieto, o bom, o calmo, o tranquilo
o agitado, o amargo do mar da vida,
a vida que eu te ofereço,
meu coração em pedaços,
dissolução e catatonia, histrionismo,
confusão e tua cor que me consola,
nazismo, fascismo, concursos, desfiles de moda,
e teu pezinho em meu olho,
a calma em meu umbigo,
em nenhum lugar sou rei,
somente ficarei aqui, contigo,
e a cabeça pende, sou um animal
ferido, os rios de dinheiro trocado,
uma confusão,
me colocam moedas por detrás
dos olhos,
e tráfego,
e dinheiro,
e confusão ::
estás arrumadinho
e não chegas
atrasado na escola,
e eu corto as tuas unhas ::
são os filhos a referência
da pintura
de um adulto,
o escondido de suas
lágrimas ::
vossa desilusão, meus filhos,
vossa
sofreguidão,
e o computador
não para,
e desferem-se
raios,
e tomam coca-cola ::
e sobre o banto
oculto
de minha
co
rola,
e a visibilidade
de meu sexo,
cresce uma coroa
de flores,
uma imaginação
colorida ::
cresço
como um pé
de carvalho,
uma aroeira,
um anis
vegetal,
e toda solução
em madeira
me acorda ::
u
ma árvore
enfeitada,
e eu sou
um simples
súdito,
uma molecagem
química,
insufocável,
baseado
em sufocação
e renúncia,
alimentando
a renovação
da vida
e o acúmulo
de sonhos,
o espocar
das
novas
gerações ::

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