segunda-feira, 24 de setembro de 2018

a revolução das mulherEs




ora, se as mulheres decidem o rumo político do país, no futuro existirá um partido das mulheres,
assim como 

existe agora um partido dos trabalhadores? :: se o PT surgiu por conta do movimento
de reivindicação dos operários 

do ABC, em 1980, no contexto da resistência ao regime militar,
o que bolsonaro e sua estúpida presença poderá estar nos proporcionando agora, em termos também de

resistência? :: ninguém sabe, evidentemente :: mas a reação feminina, como essa que está se
configurando pelas

 redes sociais, do #elenão, talvez venha a ficar marcada, e talvez seja decisiva,
na história do país :: 

o ineditismo do fenômeno, creio, parece postular algo como, no mínimo, uma
renovação na política :: 

em meio a uma onda crescente de mobilizações pautadas pela questão
de gênero, na última 

década, chegamos hoje talvez ao ponto alto desse processo, mediado
pelo descaramento 

machista de uma candidatura hipócrita e absurda, mas que encontra um apelo
profundo entre a população 

masculina brasileira :: apelo inconsciente, de difícil revelação :: no entanto, quiçá a verdadeira
estrutura que sempre 

manteve o país relativamente estagnado em seu desenvolvimento  sócio-cultural-econômico
não virá a ser 

desvelada e em seguida desmantelada por esse novo grito de uma minoria social oprimida ::


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Vladimir safatle, em entrevista à agência pública:

"E faz anos que a gente fala ‘olha, o problema não é que você tem uma extrema direita, [o problema] é que você não tem uma extrema esquerda então você não consegue operar uma balança’."





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