sexta-feira, 28 de setembro de 2018

bolsoNaro é louco

bolSonaro e sua consumação genital transgressora: pulsão maldita que produz a queda da civiliZação

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bolsonaro navega por águas obscuras e profundas do ser humano, certamente flertando com a loucura :: talvez ele 

seja uma espécie gênio do mal, necessariamente desequilibrado :: seu preconceito é puro impulso incestuoso mal trabalhado ::

de acordo com a psicanálise, a solução cultural que se dá à pulsão instintiva do incesto pode ser

muitas vezes insuficiente, fazendo com que o sujeito não meça suas chances de conseguir prazer :: daí a posição

fálica inerente e desrespeitosa do maldito candidato :: suas palavras, seus gestos :: é como se ele estivesse sempre pronto

para executar uma consumação genital transgressora, proibida :: daí também a sensação de que ele é

o crime em pessoa, um processo ambulante de dissolução das barreiras da civilização, contaminando a imaginação daqueles que    

psiquicamente são próximos a ele ou que, cansados do esforço exigido pela complexa sociedade brasileira

(multicultural e pertencente ao capitalismo periférico), resolvem atalhar o caminho cansativo, oneroso, representado pela cultura,

e buscam o prazer fácil obtido por meio da agressão, do retalhamento, da ditadura :: é como

bater em uma mulher para que ela permita o sexo, no lugar de cumprir com os rituais de acasalamento ::

é como aliviar a dor causada pelo convívio social, que é própria da vida humana, e fatalmente necessária à evolução ética,

para alimentar a ilusão de que essa dor cessará, estabelecendo-se o paraíso imediato de um país sem conflitos, sem contradições :: é como

cessar com a dramaticidade da existência, estancando com o próprio fluxo da história :: proposição
totalitária por excelência, como nos casos do nazismo e de alguns socialismos reais, que já nasceram

com os dias contados :: na hipótese terrível de uma eventual vitória do “coiso” nas urnas, ressurge perante

os olhos da humanidade, ao vivo e a cores, como se dizia na época da televisão, o difícil abismo, uma espécie de buraco negro, do qual emergem os significados

mais noturnos e misteriosos da alma de tudo :: experiência radical, como aquela tutelada por
adolf hitler, que, ao ser heroicamente vencida, transformou-se em um novo patamar de humanização,

especialmente pela ação da contracultura juvenil da década de 60, considerada pai e mãe da revolução digital,

que tanto nos beneficia atualmente ::



hitLer: padrão histórico na exigêncIa do heroísmo humano  




no bRAsil, creio, essas poções vitais de poesia virulenta e paixão podem representar algo novo, quiçá a consumação

de nosso mito fundador, aquele, da democracia racial :: como compreender tais processos verdadeiramente
épicos? ::



qual a divindade que os conduz? :: já que somos todos, de certa

maneira, frutos da cultura pop internacional gestacionada no pós-guerra, ocorre-me tentar ilustrar
essa situação a partir não da teologia ou da filosofia, propriamente ditas, mas de seu uso pela cultura

pop ela mesma  :: na canção “o trem das sete”, raul seixas logra alcançar a grandiosidade de uma interpretação

nietzschiana perante esses dramáticos processos :: vale citar quase toda a letra ::

“Ói, olhe o céu, já não é o mesmo céu que você conheceu, não é mais
Vê, ói que céu, é um céu carregado e rajado, suspenso no ar
Vê, é o sinal, é o sinal das trombetas, dos anjos e dos guardiões
Ói, lá vem Deus, deslizando no céu entre brumas de mil megatons
Ói, olhe o mal, vem de braços e abraços com o bem num romance astral”

certamente é espantoso deparar-se com a eternidade do mal, seu “romance astral” com o bem  :: ninguém esperava a volta do fascismo,


do mesmo modo como, no futuro, nos espantará seu ressurgimento sinuoso, inesperado :: no entanto, é dessa


intensa relação que brota a imagem delicada do destino, do porvir, na letra de raul pintada com a imagem

do trem, o veículo mágico que avança, nos levando em direção ao desconhecido ::



filósoFo pop e a metáfora do trem: a dança astral entre o mal e o bem, por raUl seiXas

"O arquétipo é, com efeito, o quod semper, quod ubique, quod ab omnibus creditur (o que é sempre acreditado por toda a parte e por todos); se não for reconhecido de modo consciente, surge por detrás, "in his wrathful form", em sua forma iracunda, como "filho do Caos", como malfeitor tenebroso, como Anticristo, e não como Salvador, como no-lo mostra claramente a história moderna." (Carl G. Jung, Interpretação Psicológica do Dogma da Trindade, Vozes, 1983, p. 6



"A diferença entre líderes fascistas e os seus liderados repousava, segundo Adorno, na capacidade dos primeiros colocarem o seu inconsciente para fora, sem censuras, acionando e mobilizando as forças do inconsciente das audiências (acting out). O discurso anti-semítico, por exemplo, era de modo evidente uma transgressão à norma politicamente correta da indesejabilidade do preconceito na vida social; os líderes, no entanto, nunca esconderam o desejo de atacar e culpabilizar os judeus por todos os males da Alemanha ( o de terem vendido segredos de guerra à Tríplice Entente e de se capitalizarem com a Primeira Guerra, por exemplo). Os liderados, por sua vez, receberam os estímulos porque tinham necessidade psicológica de encontrar bodes expiatórios para descarregar a ira e a frustração diante das misérias de suas vidas, não importando a verdade ou falsidade de se atribuir aos judeus a inteira responsabilidade pelo status quo social." +(+ trecho de arTigo sobre a obra de aDorno a respeito da "personalidAde autoritária" ><

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