há uma espera de que o bRasil recupere o olhar inocente dos aborígenes, indígenas-africanos :: são
forças interiores,
coletivas, que perduram, como sementes ::
somente essa homenagem a nossos povos escravizados é que nos livra do fracasso
civilizacional :: nesse momento difícil da nação, a violência
pode ser evitada se os saberes ancestrais forem evocados, na
direção de uma terra sem males :: a população
evangélica não compreende bem essa situação :: daí o desespero
provocado pelo esforço de impor ao país
candidaturas como a de jair bolSonaro :: como no caso,
agora, do sentimento ambíguo experimentado
pela dor de um ser humano vítima de uma
tentativa de
assassinato :: quem sabe o medo provocado
por essa atentado não virá
restituir a glória de nossa cultura, amplamente marcada por
um equilíbrio muito mais intenso entre
masculino e feminino :: rezo por isso todos os dias, nas
três línguas (europeia, negra, indígena), a partir do maior
número possível das suas riquíssimas formas de expressão :: a
par das diferenças, acho que nada é mais digno do que evocar a nação
em sua pureza original, como recurso para o avanço coletivo
:: buscar produzir cada vez mais sinergias
entre os três elementos de nossa identidade cultural :: a
verdade, no entanto, é que as louvações
ao bRAsil miscigenado, de maneira
franca, aberta, e
disruptiva (quando necessário), partem
basicamente da esquerda ::
quem sabe bolsonaRo uma dia venha a aprender a
reconciliar-se com os miscigenados, com o povo
aborígene sempre relegado a segundo
plano :: quem sabe ele e
seu povo evangélico, que tornou-se
grande e agressivo nas últimas três décadas, aprendam a
também negociar, a também misturar,
a também procurar relativizar a
diferença, sem credos
totalitários e absolutos :: o mundo não é mais
uma cruzada em nome de uma única verdade :: vença quem vença
a eleição, urge priorizar, em função
dessas tensões, a identidade brasileira, que certamente não
se resume a um discurso importado da direta norte-americana, assim como (já
está
provado) é bem mais do que a simples aplicação do pensamento
de esquerda europeu tradicional,
aquele simples marxismo
misturado àquela simples psicanálise
:: no frigir dos ovos, lula é que
sintetiza essa grande novidade, a de uma
civilização
erigida por sobre os pressupostos de uma nova forma de
relacionar as diferenças e distribuir as riquezas,
que aqui vai surgindo, aos poucos, em meio a toda esse
drama, com suas mais diversas nuances,
equilibrando riqueza e simplicidade,
sonhos e realidade,
masculino e feminino, natureza e progresso
:: pois não há
nada como essa razão bem artística e bem amorosa, na américa
surgida e por isso chamada de novo mundo,
composta por maneiras de ver e agir de grande potencial humano e, portanto, civilizador :: #LulaHaddad
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