terça-feira, 23 de setembro de 2014

deuSes





quando a desunião prevalece, somos a vitória do medo, formando
ilhas de erro e atrocidades ::

em meio a tal oceano, o instinto do amor fica soando, ave que pia
permanentemente :: soa o ruído

de um pássaro verde, com asas de metal, libertador :: seu espírito é o
mistério, e ele consegue

doces entropias, profusões de pensamentos, até a liberdade arder em
chamas :: a prevalência

da desunião é a vontade escondida, que temos, de ver tal pássaro
des-esconder-se, aparecer,

na franja do abismo :: apontar, no limite do desespero :: a ignorância,
a fome, o racismo, o preconceito

((exatamente o espírito prevalecente de agora, é o trampolim inconsciente
que usamos para

lançá-lo voando no espaço, como triunfo da espécie :: há, efetivamente,
que se ter nervos de ferro

e aço para suportar tamanhos ritos de evolução e crescimento, que nos
perseguem desde a aurora do mundo que conhecemos,

que governam, impiedosos, nossos milhares de anos de história :: quando tal
rito permanente de sacrifício se aprofunda,

tornando aquilo que é crônico em algo agudo, e difícil, portanto, de ser
suportado,

como nos períodos das grandes guerras, logramos voar em saltos
acrobáticos, vencendo

o tempo, coletivamente, o que nos torna profundamente dignos dos
mais profundos

e elogiosos aplausos e gritos de reconhecimento :: somos então
deuses,

como os que nos regulam desde a generosidade de seu mistério absoluto ::




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