sábado, 30 de março de 2019

quem sabe a glória vindoura não demore, ou leve o tempo fatalmente necessário :: bolsonaro é um derrotado, já, não pela esquerda, em sentido

estreito, mas pela cultura brasileira :: poderíamos dizer que a brasilidade vinga nossos anseios, solucionando

ciclos vitais de dominação masculina, ciclos imprescindíveis para setores por sua vez essenciais da sociedade ::

a lentidão dessa processo é que, no lugar de nos impacientar, deveria nos iluminar :: quando a fórmula do rito

da democracia moderna, englobando entretenimento midiático e sufrágio universal, entrou em vigor, o mundo

girava, ardendo em guerra, mas no bRasil rlativamente havia calma e paz :: não somos apenas conhecidos por nossas reservas

naturais, de minério, de água, de fauna e flora :: somos especialmente conhecidos por uma reserva

moral, intelectual e espiritual que aponta para uma espécie de ninho de felicidade humana, nossas horas

passadas junto ao calor de um romantismo carinhoso e agregador, pouco óbvio, mas absolutamente notável :: na verdade,

somos o furor novo da modernidade, com seu jeito hedonista de sonhar o povo :: uma fantasia possivelmente

concreta de dionisismo redentor agrário, mítico, lógico, épico e universalizante :: diante de toda essa carga de informação

espiritual revolucionária, de toda essa antropologia ampla a ser navegada,  o bolsonarismo abrevia um caminho, retrocede,

com sua alma infantil, nas difíceis lições civilizacionais perpetradas desde nosso arraigado antropofagismo :: daí todo

o desespero desse presidente-bunda da república :: abandono e descaso, infelizmente, acentuaram a tragédia da perca da brasilidade ao longo das

duas últimas décadas (talvez um pouco mais), fazendo parecer, aos de menor sagacidade, que nosso país é um atraso,

um erro, quiçá uma atrocidade ::


zicarTola

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