planTa :: manjeRona

nós profetas da fantasia brasileira
construímos
casas, como jesuítas,
formamos um gado lento, mítico,
sólido e solidário,
amanhecido da beleza plácida
da luz leitosa do beco,
na favela,
na comida básica, no basiquinho,
no armistício da
água farinha básica,
um poquinho de sal,
enrolada em pedacinho de matéria plástica,
em saquinhos ::
vamos mexendo ::
lentamente,
nessa espacialidade concreta
do poeta,
nossas penas
transformam-se em lírios
e, na poeira,
também básica,
combinada a sol,
sombra
e brincadeira, o sossegado
rito de voragem
visionária
desaprisiona,
não havendo mais soldados,
ou feitores ::
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"Por mais poderosos que sejam os ritos de purificação, é normal que eles se dirijam a uma matéria capaz de simbolizá-los. A água clara é uma tentação constante para o simbolismo fácil da pureza. Cada homem encontra sem guia, sem convenção social, essa imagem natural." (bAchelard, a água e os sonhos, p. 140)
"Enquanto as formas e os conceitos se esclerosam tão depressa, a imaginação material permanece como uma força atualmente atuante. Só ela pode revitalizar incessantemente a imagens tradicionais, é ela que constantemente reaviva certas velhas formas mitológicas. Reaviva as formas transformando-as por si mesma. É contrário ao seu ser que uma forma se transforme.Quando se encontra uma transformação, pode-se estar certo que uma imaginação material está em ação sob o jogo das formas." (bAchelard, a água e os sonhos, p. 141)
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o mito da democracia moderna, que inclui o amor ao feminino, é o que deve mudar, novamente, exigindo
a força da imaginação material :: toda a nova especialidade cultural, por meio do respeito às diversas formas
de manifestação, à alteridade (vide os ritos de valorização da cultura popular na internet)
ágoRa :: demoCracia corintiAna
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