sexta-feira, 2 de setembro de 2016

homeM

olha que coisa
mais límpida
e mais cheia
de partes ::
amo,
pois,
além
d cantar,
escrever,
pintar
e cozinhar,
é minha
noiva ::
não tenho
muito
dinheiro ::
mas,
com a glória
do senhor deus,
nossa pai,
e a bênção
da cabocla parideira
mítica,
nossa mãe,
tenho arte,
cultura,
inteligência
e bondade
o suficiente
no coração para
nos sustentarmos
com leveza,
no ar ::
estou
sempre
deslumbrado ::
não
me canso
de estudar
e compreender
teus
braços,
tudo o
que eles
com brilho
fazem,
tuas
múltiplas
forças,
teus filhos ::
a super
mulher
que
me exige
o conselho
de forças
anteriores
a tudo
o que
sou
e faço ::
e hoje,
enquanto
o bRasil
chora
por
mais um
golpe
em sua
delicadeza
e democracia,
estar
a teu
lado
é estar
blindado,
é ser
o que
finalmente
sou,
um
sósia
do homem
espiritualizado,
amante ::
amplo
e impressionado,
sou tudo
o que
a floresta
tem
e que
ninguém
entende ::
socialista,
real,
agrário ::
sou
um copo,
ou um jarro,
de
sensações
eternas
da vegetação
fugaz,
que a alguns
poucos
é permitido
beber ::
uma vertigem,
uma
brincadeira ::
do xamã,
uma beberagem ::
sou
um
corpo,
que
vem
me
restituir
a glóRia ::
sempre
homem,
um super
homem ::
de iansã,
uma
docilidade,
um casamento ::
contigo,
quero casar-me,
por causa
de teu
magnífico
semblante
de mãe,
moça,
menina,
namorada
em sua
juventude,
gata,
bonita,
jeitosa,
faceira ::
mulher
que apita,
perfil
intenso e
perturbador,
como
nos dia de hoje
convém,
a inspirar
futuras
gerações
muito
menos
degradáveis
pela
gravidade
de tudo ::

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