sexta-feira, 2 de setembro de 2016

o nossO estádio olímpico

as netas das ex-escravas continuam sofrendo e cantando :: a definição brasileira de olimpíada,
no fundo, é essa :: possuímos um olimpo forte, agrário, pois gerador de fundamental energia ::
o destituído, e sempre destituído, Brasil caboclo :: nesses baques, os que possuem vinculação
religiosa com tal panteão mítico maravilhoso, vinculação artística, vinculação social por destinação
de parentesco, entregam-se aos trabalhos bastante penosos, em busca de superação, em corrida pela
destinação ao ser encantado :: é a maratona
balouçante da rede ou do balaio, do berimbau e da discriminação :: são os Zé dos povos, os pretos
velhos, e as pretas, carinhosas, mas sem posição ou lugar no pódio do tempo da vida normal :: somos guerreiras
e guerreiros e o Brasil é nosso celeiro :: estamos em uns filmes de Glauber rocha, ou por vários
terreiros :: são medalhas nossos floreios, e os braços fortEs treinAdos na colheiTa, para aprimoRar
a inteligênciA e o desempenhO da nação ::: se tudo por aqui é viDa não resolVida, e pairam ameaças
por sobre a florEsta, ou por soBre a periferia, em são Paulo, estudAmos formas bondoSas, branDas,
de espantar malefícios :: e somos discriminados, sempre discriminAdos, desde as senzalas,

as ocas indígenas ou a casa do jovem luso poeta ::





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nota ((03 set 16 :: destituído, sempre destituído, bRasil caboClo, para quE a ambição desmedidA, caminho

falSo e podeRoso, não ataquE o abrigo do maravilhamenTo :: receber discriminação induz a bênçÃo do ingrEsso

na rede múltipla de signiFicados do seio glorioso da dEusa :: a dureza do existir ´revela sutileZas nítiDas

na face da existência, se nos acauteLamos para seguir a fartuRa que há no existir, tela que se amplia quando,

perseguidos pelo medo, damos a mão ao retrato nítido da fadA-musa que penSa, sem falsas consciÊncias produzidas por nosso
desejo :: sem fraquezas nem falsos problemas acarretados pela veneração do falo

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