domingo, 25 de setembro de 2016
aqui, prometo ::
entre a lua e a fada ::
sinto uma poesia
gloriosa quando te
vejo ::
assim, prometo ::
ser o teu forte iluminado ::
estou colhendo sarças,
estou em caminhos
pequenos como abelhas
que sabem as rosas ::
estou como em teus
seixos e por teus cabelos ::
tornei-me o solene
noivo de teus perenes
terraços de uvas ::
sou val
ente, sim,
sou o competidor
q
u
e te ouve primeiro,
não-covarde, sempre
avante,
sou um pacto,
um saci,
uMa
araRa ::
meu esponSal,
nossOs
primEiros netos ::
sim, estou
doente de uma
imaginação
que arde,
que assombrA,
e lava,
espanta,
assovia,
ajeita de tua
saia
a dobra,
abre de leve
a boca
para beijar-te ::
sabe o
silêncio
de loba
dA donzela,
e
nele
se afunda ::
ouço
pisadas
e agouros
para que
eu não
atinja teu
gomo
dourado,
a casa de meu
sentimento ::
somente
me salvam
os livRos,
pois enquanto
mãe loba
és tão delicaDa
que
estou atrás
de novos
códigos que
densifiquem
as proezas
e os
trabalhos
de hércuLes ::
estou
na campina,
auscultando
padrões
para que eu
siga
na pureza
do apóstoLo ::
apóstolo
marCus,
que acenDe
incensos
fraternos,
a correr,
colecionar,
repetir
formas de
azuis
poéticas ::
estou imenso
e granaDo,
como a fórmula
do gotejamento
agrícola
dos serenamentos
incAs ::
estou a bem
dizer
na barriga
e essa barriga
mostra
a minha cara ::
há o porte
altivo
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Pesquisadores como Triomphe (1989:cap.V), Seiterli (1979:3-16), Fleischer (LIMC.:762-3) entre outros, aventam
ResponderExcluirmais de uma possibilidade para os elementos representados no peito da Ártemis de Éfeso. Dentre eles encontram-se:
seios; testículos de touros sacrificados à deusa em seus ritos de mistério para a renovação da natureza, como relata
Calímaco; bem como ovos de avestruz. Nas três hipóteses, o simbolísmo da fecundidade permanece inalterado, pois
os seios estão ligados ao aleitamento/nutrição; os testículos à pujança viril da reprodução e os ovos ao germe da vida.
3 As abelhas presentes no corpo da Efésia estão voltadas para os seios/testículos plenos de mel. Estabelecendo um
paralelo entre o leite, o esperma e o mel, observa-se que os três possuem um suco vital e estão acondicionados em
“invólucros” de formas circulares, arredondadas – semelhantes a pequenos sacos cheios de seiva (testículos, seios,
alvéolos de abelhas), eles possuem uma forma e um conteúdo concretos permutáveis na imaginação antiga,
eminentemente dialética e dinâmica: o segredo da vida está na turgidez e na maturação do fruto; mas entre o
avolumar da seiva e a maturação, a fecundação e o aleitamento, há um limite a transpor. O mel como o casamento, é
preparado por uma virgem que se serve do aguilhão como Ártemis do arco (TRIOMPHE,1989:320).
Limite e transgressão: os caminhos que levam de ártemis a afrodite (Flávia Regina Marquetti)
Primeiro poema para o abacate
ExcluirHaveria qualquer coisa de explodido ou de algo que se incha por dentro.
Pare e olhe. O abacate arma-se (por dentro...)
A noção do arma-se pode ser precisa, meu nobre.
É uma deflagração no tempo: o abacate está maduro.
Ah, minha face, minha dor, minha mãe.
Sorriso.
Tudo em ti lembra e eu a ti lembro o abacate.
A memória.
O que é pássaro, lembra o abacate.
A memória vem.
Tô maduro.
Oco.
Tô no seio
Moreno
Da minha
Mãe.
Por que o oco?
Misterioso som.
Fauna e flora.
Agora vem a mãe comer
O bichinho.
Podemos
Nos imaginar
Dentro da maçã?
A mãe ouve
Histórias de fetos
Que são
Grãozinhos.
A concepção
Mesmo humana
Sabida
A partir
Do mundo vegetal.
Vegetação
No mundo-homo.
O baluarte
Das fôrmas.
O redondo.
A mulher-abacate.
E pequenininhos
Os trompos,
A forma
De flor pra
Seus ovários.
O cálice, onde
Estão
Pequenas
Sementes.
A reprodução
Foi inventada
Num contexto
Aquoso.
Os espermatozóides.
O mondo-sapo
Homo
Homo
Homo
Herói tentando bicá-lo.
O beijo à flor.
Homo.
O abacate.
O amor.