quinta-feira, 8 de outubro de 2015

estamos aqui, sentados por sobre minas de explosão :: o lar a nos fazer explodir e explorar, e nos transformamos

em mineiros :: e a visão mesma de nosso aspecto deteriorado, nos bancos, cadeiras, sofás, contando dinheiro, nos socorre :: existem línguas que serpenteiam,

na busca por uma novidade que nos alivie do regime tedioso de uma tarde morna, do óbito que ela promove, e todos

morremos um pouco, se nos bastamos, se achamos que isso "que tem para hoje" é, além de necessário, suficiente :: é preciso mais, é preciso cantar e correr e cantar :: é preciso cruzar

o oceano de fogo da inadimplência, das dívidas que possuímos, sempre difíceis de serem pagas, em relação

aos terrenos da criatividade e das regras não obtusas de convivência :: não podemos nos contentar com a simples

televisão ou os facebooks que propagam a doença do tédio :: não podemos nos acostumar com a eterna prisão da guerra nos orientes

médios da vida ::

urge a cada dia sonhar melhor, com um novo caetano, um led zeppelin ou um leminski :: precisamos nos convencer de que se trata

de boa convivência ((vulgo uma mente criativa))) ou morte, e assim vamos cruzando e nos ateando fogo mutuamente, pelas vias cruzadas

da mídia, da cultura, da internet :: pois assim ninguém morre absolutamente, e todo nosso desespero fica gravado nos heroísmos de posts

e blogs, para que algum dia alguém se lembre de nós, de nosso desespero, nossa boa e nossa má sorte,

nosso bom ou mal desempenho com as míticas imagens :: somos seres de abstrações, de relacionar substratos,

e se aqui estamos, e por caminhos líquidos da imaginação navegamos, é porque os deuses com certeza nos dão

um corpo e uma existência para que fiquemos fortes e atentos ::

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