lendo a vida de foucault através de sua obra, e vejo o contato da cabeça do pensador com sua loucura, que é a nossa, mais propriamente dita, toda herdada, em profusão : saltam os mitos gloriosos, em forma de imposição fálica, genital, gloriosa :: há gente que acredita :: como não vislumbrar na vida desses pensadores, na loucura, portanto, o sentido sensual divino do próprio pensamento :: foucault mamando nas fecundações originais da vida, esmagando as tetas gloriosas com sua sofreguidão de menino, tão apartado que fora, pela dor da vida :: zeus te quer recuando, menino, estreitando os olhos, abrindo o bico, bendizendo a benevolência da palavra :: e, separado do seio da mãe, com a memória invertida, o prazer bendito esvaziado, foucault escreve zilhões de linhas, que são seu nítido orgasmo, e se apresenta como de difícil apreensão :: quem vai correr como esse menino?, orgulha-se o pai, orgulhoso :: fertilidade em nome do pensamento, festa no olimpo ::
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