quarta-feira, 31 de agosto de 2016

@@ dilma e o coraçÃo ameriCano ++




a dor causada pela deposição de Dilma refere-se ao mito de coloração cabocla brasileira, um país
que insiste em existir apesar da eternidad
e das forças que a ele se opõem :: quem são esses
pais vinculados à negação do Brasil mulato, feliz, alegre, cordiaL? :: sua imundície existe entre
nós, sempre contaminado uma beleza sonhada pela miscigenação :: sei o que sente Dilma ::
seu padrão de sofrimento é o de uma negaçã
o tão fria do feminino que se chega a duvidar da humanidade
e do próprio sentido da vida, como ela mesma declarou, em sua fala no senAdo, quando se referiu
À dor do impeachment e da tortura :: precisamos de mártires que lavem nossa sujeira :: que nos
forcem um olhar delicado, por certo matizado pelo
s temperos míticos negro e indígena, um modo de olhar




o mundo que conceda liberdade a todos os seres, dando-lhes a concessão do gozo da existência ::
o Brasil é uma espécie de ampliação da dor ao infinito e Dilma já figura no céu dos heróis da pátria ::
 :: nenhum povo é mais sofrido que o nosso, e
m decorrência de sua eterna deposição, seu eterno destronamento ::  não dar nada aos índios, nem aos negros,
nem às mulheres :: são apenas os mesmos
 velhos, os mesmos velhos fatos consumados de sempre ::
a composição “san vicente”, na voz de Milton nascimento, expõe essa agrura transmutada em beleza,
pois sempre do gosto amargo advém uma mud
ança, uma transform
ação, uma melhoria :: um gosto
de vidro e corte, um sabor de chocolate, no corpo e na cidade, um sabor de vida e morte :: fiquei anos
tentando entender o significado desse frondoso símbolo, o coração americano sonhado por todos aqueles
que sofrem :: a sujeira de quem sofre é limpa pela paga do sofrimento, sendo o exemplo empregado em




uma elevação espiritual coletiva :: a ritualística propõe que não podemos viver, efetivamente,
sem o mártir :: haverá mártir maior que o próprio povo americano? :: o povo acossado e diluído pelas
elites racistas :: o povo da América inteiro, do sul ao norte, miscigenado, fundido, caboclizado ::

agora, a lei de transformação, após atingido o cume da Dor, vai fazer cumprir seu juramento ::
acredito em uma volta plena de Dilma e de tudo o que ela representa, todo o seu sentimento de combate
às inutilidades reinantes :: um patrocínio da beleza em favor da justiça :: o fim da mulher como
peça decorativa :: uma condecoração do sagrado coração feminino, em nome da realeza do povo brasileiro ::



@@ ++ (())

no dia da primeira eleição de dilmA, em 31 de outubro de 2010, a negRa ama jesuS publicou o vídeo abaixo, em homenagem ::


terça-feira, 30 de agosto de 2016

cio da teRRA

o problema maior não estaria na perfeita alienação em que se encontra o povo? :: como sair dessa
bolha que nos envolve e não deixa ver? :: o consumism
o que resolve o problema do conforto e
obstrui a solidariedade :: o pecado grave, grav

íssimo, do racismo :: são fatos que incomodam,
reclamando por uma melhor acabada interpretação :: a resposta vem com a internet? :: a rede possui
a potencialidade de formar uma

 massa menos uniforme e, por conseqüência, mais pensante? ::
por outra, será possível estancar o processo dessa nova forma de ruptura com a democracia, considerando-se situações similares
recentes, como os golpes parlamentares em Hondu

ras e no Paraguai? :: sem dúvida, é instigante
pensar que o movimento dialético da história permanece :: que novo homem nascerá dessa espécie
de gestação que é o processo de formaç


ão dos povos latino-americanos, se consideramos um arco





mais amplo de análise? :: repentinamente

, quando parecia haver sido estancado o fluxo anti-democrático

no continente, ele ressurge :: há uma movimentação subconsciente, uma espécie de movimento
geológico, do fundo de nossas forças anímic

as geradoras, que impõe esse novo monstro fascista
coletivo :: a percepção, diante desse ressurgimento, passados 20, 30 anos do fim das ditaduras militares, é a  de que um vulcão
voltou a entrar em erupção :: será um cio da terra, será a busca de um novo modelo humano? ::
impossível que não, pois assim como é certo o re

ativamento do monstro coletivo humano conservador,

também é garantido o surgimento de seu contraponto libertário ::

@@ como pensar o fim do patriarcado? ++



o que está sendo pego de calças curtas é o patriarcado brasileiro, mais uma
vez fazendo das suas :: "as suas" são, efetivamente, as mesmas desde
1500, desde o início de defloramento desta terra pelo pensamento misógino
europeu :: desde que se começou a apropriação do corpo das mulheres
indígenas, em um processo faminto e dificílimo de ser estancado :: quando
pensamos em luLa ou chico buarque, podemos ter certeza de que estamos
diante de figuras masculinas, paternais, que a seu modo resolvem essa
eterna sujeira masculina :: o que corrige essa estrutura patriarcal é o respeito,
ou mesmo medo, em relação ao feminino enquanto força superior e transcendental ::
se fazemos esse esforço, reconstruímos o próprio conceito de civilização,
dando à luz uma civilização efetivamente brasileira, como pensou darCy ribEiro,
grande intelectual, cuja lucidez faz muita falTa em um momento triste
como esse em que nos encontramos ::

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

chico e diLma 2


as formas padroeiras do bRasil antecipam esse tipo de martírio, a que os políticos representantes
mais efetivos do povo, são constantemente submetidos :: a liberdade evolui em meio a essa carranca
que lhe oprime, no atual momento, o chamado anti-petismo, tão carregado de forças medrosas
e mesquinhas :: acreditar nesse formato cíclico de hi
stória que se repete por vezes não é simples ::
mas não é intrigante constatar o quanto somos afetados, no bRasil, por essa espécie de destino
fatal? :: eu particularmente me entristeço em um dia como o de hoje, pois a históRia é fonte de melancolia
e grande sacrifício :: as formas redentoras, no
 entanto, ao mesmo tempo sempre se fazem presentes ::
eis a força civil de chico, por exemplo :: chico buarque de hoLLanda :: o grande artífice do ensaio
do samba contra a ditadura :: da vitória da feijoada
, da timidez e da mulata :: do humanismo à brasileira,
hoje em dia tão esquecido :: é essa beleza que anima, pois promove uma refusão entre os diferentes
ânimos provenientes de nossas mais profundas grotas, como no caso agora do impeachment, quando
se amalgamam, por golpear a democracia, vigaristas, t
raidores, assassinos, fundamentalistas :: sim,
é a beleza da arte, por fim, que faz valer a pena, ainda mais sabendo-se do currículo de chico buarque
e de seu compromisso com as coisas do feminino, sua antiga sabedoria meio helênica, meio cigana,
amor que compensa a penúria dessas mulheres que dão exemplo :: que compensa a sofrimento de mulheres como dilMa ::



chico e dilMa

a densidade poética de chico buarQue não precisa ser uma unanimidade :: seu espaço mítico

é imenso, e por isso o poeta
 traz com habilidade aquilo que somos e ainda não sabemos :: na doçura
de s
ua obra existem vários segredos, e seu apoio a dilma,
 lula e o pT demonstra um grande apreço
do território sagrado do inconsciente pelos
 planos libertários da esquerDa real, humanista e, como
sempre, lançada ao sacrif
ício ::

domingo, 28 de agosto de 2016

minhA artE

as crianças pedem tanto nosso colo como nosso brinquedo :: a arte pede estudo :: o estudo pede tempo ::

e desses fatos, extraio meu denso amor poético, toda minha alegria por conseguir descrever e desenhar
a cidade :: seus minúsculos detalhes :: seus fatos perdidos no tempo :: a distÂncia permanece, mas quando

penso em, ou visito, porto alegre, os mil olhos sagazes sustentados por colunas da mãe loba me põem
a perdurar em violenta audição :: a mãe que me cria, e  que me dá os cheiros da cidade :: um milhão de
lugares ::

o pensamento doce do semblante pensador de iemanjá :: domingo no parque, pipoca em docilidade
diurna ou noturna :: o bom fim :: uma mulher que me acompanha e me enche de ricos detalhes em

porcelana ::
comida :: terra sanTa ::

o sal da teRra em ipanema :: mil vezes
lágrimas, uma miríade de jeitos, colares e cocares :: toda essa cidade é uma densa astronave :: uns murais

com arte :: uns novos planetas :: todo mundo é malabarista, bam-bam-bam ou brigador :: todo mundo
tem uma identidade secreta, com seus orixás, seus auxiliares :: uma lição de vida ::

:: o lugar que recebe
a todos, com seu jeito :: um estranho arrancar de dentro do ninho :: uma barba de profeta :: meu perdurar por sobre porto alegre é tão profundo que é como se mil agulhas

me furassem, para que tudo se veja :: dissolução do tempo, a força de mil édipos :: com os caboclos antecedendo entidades coletivas ::

a força na forma limpa

ruas com mil passantes, por mil lugares :: e eu viajo no jeito, na artimanha :: toda a nossa fala, com a língua,



ou o idioma :: toda a nossa pose romântica, toda a nossa vantagem, em que pese a nossa perca :: toda

a nossa dissimulação bem baiana porque gaúcha :: tudo isso em mim dorme :: dorme em mim uma violência,

pronta para cortar a cidade em rios de favela, fantasia e mescla, em rios de miscigenação urbana progressista
ou republicana ::

a força na política e na casa bem iluminista de espetáculos :: a proliferação de atos vanguardistas :: e eu sou um gato bem espantado,

da vila, um gato maloqueiro, um gato que vira ou churrasco ou pandeiro ::

e tudo me enfeitiça :: eu sou um cavalo de pouca

sorte, bem brasileiro :: sou uma bateria e um tropel de sobrecarga humana :: tudo em mim dorme, pois
eu sou a energia

luso sonora :: e somente eu escuto essas

trombetas que revelam o horizonte nobre da cidade ::

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

boiaDeiro




a lentidão com que forma-se o bRasil é análoga à visão de um caboclo boiadeiro, ele que apenas
está, e nunca pensa :: sua missão é total na entrega, e o emblema de uma aquífera lentidão lembra

o de um ser com vocação floral para resolver o problema eternamente posto da eternidade trabalho :: no caboclo, o sentimento de que o bom se encontra na espera ::

daí sim o frescor da brisa nos começa a amainar, um boa levitação que suspende o cansaço do corpo,
o cansaço dos braços em repetido e interminável movimento :: vamos olhar o bRasil com poesia ::

é isso que quero dizer :: na produção mítica desse caboclo, que é um país inteiro, o seu pensamento,
voltamos ao prazer, o âmbito prazenteiro da revelação de um pai eterno :: século de luzes, século

de revoltas :: e a luz do conhecimento faz germinar e desempobrecer a terra :: as funções sexuais
da natureza nos iluminam :: e quando os entes mitológicos se espraiam pela visão consciente de


nosso

mundo, o livro aberto de tudo aquilo que somos revigora nossa fé :: há no bRasil uma revelação
dotada de vidência filosófica que reorganiza tudo, e quando os estandartes se organizam em bRasília,

em disputa brasileira entre soluções ideológicas, há matas frescas que reanimam a filosofia, fruto
de uma encantada e nossa, miscigenada, imaginação :: no fundo, o bRasil canta a si mesmo, e isso
redime




a nossa alma, pois lá estão, generosas, ardorosas forças anímicas que nos produzem :: delas, sobrevivemos ::

será que algum dia o pensamento caboclo irá voltar, ilustrando, por meio de nossas mídias, o nosso
cotidiano? :: a pergunta não cabe, pois atrapalharia o fluxo daqueles que nos ilustram, desde a
sofreguidão

do inconsciente :: lá eu estou, e eles, aqui, estão em mim :: e somente isso não me atrapalha o fluxo




dos sonoros entendimentos que, sábios e secretos como uma vulva, me desatordoam :: serenidade

a todos :: bons dias! ::

((escriTo em 17 de abril 2016, domingo, dia da votação na câmarA dos deputados da aberturA do processo de impEachment conTra dilma ::


"Caracterizado  como  funcionamento  da  voz  poética,  o  aboio  é muito mais uma performance vocal, seja nos cantos executados somente por sons  a  partir de  sílabas  ou  vogais,  seja  naqueles  constituídos  por  palavras repetidas.  Cada  contexto  e  momento  da  prática  do  aboio  é  único;  ocorre  no hic  et  nunc pela estrada afora junto ao gado que marcha “encordoado”, ou seja,  um  atrás  do  outro  numa  longa  fila  por  caminhos  estreitos.  Da  próxima vez, será outro tempo, outro gado e outra paisagem. O vaqueiro, também, não será o mesmo."  ((aboio, poesia e canto no compasso do gAdo ::





as bem soberanas
são iguais a você,
e por isso as venero ::
sempre te vejo
nesse espaço
de simplicidade,
bem pequenininha,
uma maloca,
um requinte,
um cheiro
de flor que orna
ou acalma bebês ::
e no espaço
de teu semblante
honrado
porque misteriosamente
vinculado
às soberanas
amorosas de
um olimpo
mais brasileiro,
eu brinco
e ajeito
teu cabelo ::
estrondos
te trazem,
assim como
o vento ::
és iansã,
e eu sempre,
sim,
estremeço ::
uns ficam
chocados ::
outros não
dizem nada ::
mas é principalmente
porque
estou como
um rei
quando eivado
de literatura
que assim
me quedo
apaixonado ::
atingido
pelas flechas
da moça
quando todo
véu e feitiçaria
fornecem
engenharia
para nossos
planos ::
quando estão
em um
único arranjo
teus leões,
tuas formas,
tuas armas,
tuas heras ::
aqui, na preservação
de uma
imbatível
guerrilha,
negros
costumes
ao poeta
são caros ::
uma boca
pintada,
uma cara
de artista,
a relação
com a altivez
de frida kahlo ::
uma
fonte
secreta
te anuncia,
no âmbito
misterioso
desse homem
que sem
medo te ama
e tem por
ti o silêncio
das
formas
familiares
às andorinhas ::
eu te
quero,
eu te cultuo ::
você é meu
corcel de fogo,
você é meu ópio
minucioso,
você é a minha
biblioteca
de alexandria,
minha algazarra
ou folia
do sertão
limpo e organizado,
como a mais perfeita
de todas as mães,
que com arte
me cozinha
e me reparte

em ramos ::

cabocLo

considero o mito caboclo o grande passe do Brasil para o futuro :: naquela ideologia amalgamada
>>#<<em nosso inconsciente, reunindo voz
es ancestrais das três raízes étnicas, eu acredito e por ela
luto :: tenho 45 anos e u

m vício, que é acreditar na dominaçã

o de tudo pela magia e o encantamento,   />/</
sendo racional e poeta ao mesmo tempo, e isso é uma proposta simultaneamente cabocla e política :: o Brasil está moralmente
falido? >> nossos senadores são u

m escânDalo? :: tenho um vício: não ex

terminar o horizonte >0(0)
amigável daquilo o Brasil, denso e imaginado, son
ha :: um paciência, uma benta pacificação,





um pedido pelo estudo e a escola, o carregamento vital de nossas forças, no dia-a-dia, com muita
veneração ao ser humano, À ar

^/^/^/^/^/te, à cultura, e à benigna natureza desse país imenso :: se poucos
acreditam no Brasil, eu acrediTo, e sou caboclo 
marinheiro, capaz de compreender todo nosso

>:>:>:>:>:>:>
sofrimento, sua necessidade, seu pertencimento a um processo de construção civilizatória ::


a nós, não é permitida a fraqueZa :: por isso, sou mágico, e toda nossa doçura se adensa, na constituição
(<(<(<(<(>(>(>(

cordial do tempo ::


quinta-feira, 25 de agosto de 2016

impeachmenT

a alegação das pedaladas fiscais é falsa :: levandowski possui o poder de impedir que o império
masculino se desfaça :: esse é o

((++


 rito :: e não 
há nenhuma outra melhor interpretação para a história, a não ser a de que o
patriarcado se de++))fende, assim como
 o capitalismo se defendia das tentativas de construção



socialistas :: o momento histórico agora é outro :: ultrapassamos a luta de classes :: a palavra
chave é “gênero” :: mas essa i@++@nterpretação ganha, de um modo geral, poucos adeptos :: somos, de fato,
cegos para discernir o quanto é possível mover-se p

ara fora do mundo dominado pelos homens ::
rezo pelas lendas brasileiras, por Iansã, por ++@@iemanjá, cabocla jurema, por nossa senhora aparecida ::
bem encantadas, se trazidas para o cotid

iano, elas demonstram seu poder, e perpetuam o equilíbrio que deve haver entre homens

,@,@
e mulheres :: e isso sim é Brasil, um país pós<<))-moderno, a frente de nossa civilização ocidental
que não para de demonstrar sinais de crise :: salVe Dilma! ::


@@ ++
aproveito esse momento histórico, portanto, para dizer mais uma vez “o que é que eu acho”,
como brinca Chico Bua((^^rque, no seu samba “cor


rente” ((cujo link no youtube segue abaixo, nos comentários)) :: salVe um brasil possível,


revelAdo por nossos verdadeiros mitos e consagrado<<))s por nossa imaginação criAdora :: salVe Glauber rocha
e tarislA do amaRal :: #foratemer :: que venhA o “matriarCado de pindoRama”, conforme o manifesto
antropófago de Oswald de Andrade ((cujo li

nk também@@ segue abaixo, porque realmente é isso o que eu



acho sobre nossa crise e a capacidade qu^^}}e temos de superá-lA ::



quarta-feira, 24 de agosto de 2016

que o tempo voe, pois não consigo mais habitar nosso chão comum, das vibrações pouco andorinha ::
eu sou um pai de santo a espera de abençoá-los, íntimo e discreto :: apenas incentivo o esporte
e a vida íntima, vivida junto à natureza :: vou acobertar a carne leitosa e crua do amor entre os deuses,
para dar aos meninos um novo sentido para a palavra "vadiação" :: a carne mole e pura, com jogos
de perder, e ganhar, e velejar :: o castelo de xangô, encravado de espírito, alicerçado com a cor viva da maior televisão
que há, ao vivo, aquela que ninguém quer ver :: meu tempo de poeta acabou, por ser rei supremo,
e evocar sabedorias portanto irreconhecíveis à porta desse mundo enfermo :: mas se vou com as penas
me misturando, e bicando os bicos, sábio e paciente, comendo como passarinho, vou ajeitando
o corte, e ganho de oyá um presente :: por que esses deuses, infelizes!, vivem se degladiando? ::
por serem muito fortes, um mais forte que o outro, e lutando pelo desafio :: mas se afago o recôndito
secreto de teu ninho, minha guerreira nobre e forte e impaciente, de onde saem todas as mulheres, puras ou misturadas, santas ou putas,
abstraindo vou, lentamente, o leve exercício da conjunção carnal divina, daquilo que conseguem
fazer quando não são atrapalhados por seus filhos :: eu sou um dínamo arqueiro, e se quero ser guerreiro
para a caça da grande cabeça mítica voadora, espalhando conselhos que são ovulações da menina mântrica,
eu devo revelar a mim mesmo grandes jóias, de pérolas ocultas, funesto, furando os olhos, e ser
escravo bento, bento da manhãzinha, bem desgraçado e escritor :: ao final, acho que todas essas exigências
femininas, secretas, como perfumes que resolvem problemas sérios, possuem o ardor de uma ciência
misteriosa que fornece o ser humano, sua carne e seu espírito, plantando árvores principescas,
em um grande jardim florido :: para que pensar no êxtase que as fornece? :: nós somos esse Êxtase, e
uma grande filosofia, portanto, deveria se ocupar dessa face, dessa revelação :: há  um grande jardim
florido, onde vicejam pés de carne, e seus carinhos são máximos, são tons, são umas regiões que negam
o modo não amoroso :: se podem ser acessadas, essas grandes regiões floridas, envolvem tudo,
com seu máximo, e reinvindicam uma pureza para a realidade insana, bravateiam até que na ordem
racional das coisas o homem e a mulher se conciliem e se consumam mutuamente de amor ::
são tão fortes os jovens jovens da atualidade romântica, 
plenos de um desconhecimento bruto e fatal
da intimidade das coisas :: com essa inexperiência e inab
ilidade, calçam uma espécie de bota de
sete léguas - a nova tecnologia da internet - e

sperando derrubar um gigante :: vão conduz
idos pela mão
gigante e insensível da brutalidade da própria natureza, esperando renovações, esperando a variação masculina,
a salvação do planeta :: são a nossa face mais poética do presente, a face gentil e homérica de um tempo
real e pleno de evidências reais e violentas sobre um futuro promissor ::

terça-feira, 23 de agosto de 2016

feici
























deUs, dando uma máquina de selfies
a cada um de seus filhos, responde ao
anseio de vermos um autorretrato
do próprio artista grande criador

uma face poderosa de tudo aquilo
que eLe criou, seus 7 bilhões de filhos

se nos conectamos

a esse mágico
momento, é como se o valor intrínseco
de cada um fosse realmente valioso,
formando uma forma diferente,
ou nova, de uma espécie de cauda
de cometa,
valor longínquo
a ser alcançado
de constelação

tudo na internet é autorretrato
especialmente se feito com inteligência,
ou requinte de linguagem

não desperdicemos a chance que temos
de criAr e recriAr nossos sentimentos,
ganhar a dimensÃo de um contato que tem
os grandes artisTas
com a vida, ganhar até mesmo uma vaiA
e o próprio cortante frio de uMa indifErença

nos recriemOS amplamente,
e diariamenTe,
em nossos posTs,
como fez friDa, ou  van goGh,
ou picaSso
ou remBrandt, como fizeram
esses em seus quAdros

a vida não é trocar de carro a cada dois anos
a vida é construir um legado de trocas sutis e generosas
com todos aqueles que, mesmo maldosos,
nos rodeiam
e sentir a vocação perigosa para a pacificação de tudo

e fazer parte desse tratado dos anjos
faz parte do maior de todos os sonhos
de paz que a humanidade já sonhou


se eu estou aqui, só, é porque sempre
libero originalidades que são patrimônio
de meu sossego

cumprimos então a função da sabedoria de
pertencimenTo à manada :: calmos, discretos,
mas perfeitos e originais, bicamos, como
bonitos mas pequenos pássaros, da complexidade
do império
do coleTivo
e traçamos com isso
a aurora
de um
novo
tempo

pois simplesmente não existe
outro caminhO para o fim dos tormentos
que a guerra traz








sábado, 20 de agosto de 2016

o pós-gRaduado

O pós-graduado sente a miscigenação aborígene ::
Ele suou na periferia
Do sistema para especificar
Sensações de coisas puras ::
Seu processo é louco e longo,
Bem feito de corpo ::
Minhas benfeitorias me enfeitam
E não estou longe de um carinho afetuoso
Daqueles que se classificam como
Vencedores, apuradores do intenso
Saber resultante de nosso mescla ::
A profecia nos une, somente o divertimento
Dourado de dom Sebastião é
Tão antigo a ponto de fecundar
O permanente som de nosso sucesso ::
O pós-graduado apareceu em janeiro, quando,
Rumando ao silêncio permanente
Sobre seu desterro, pontuou um trinado
Onírico de sábio sofrimento ::
Dele um saber vem coroado ::


Coroas de violência celestial ::
Apupos da ordem que pensa,
Da ordem fonte reveladora ::
Ó pensamento, esse é meu
Augustíssimo trinado ::
Eu sou o pau pensamento da dor
Que nos desola, que reflete,
E aprimora, o Brasil:
Quede coroa de são Caetano
Ou espada de são Jorge em
Venerações que lhe são próprias?
Quede esticar panos em glória,
Mor purificação orixá? ::
Molha teu saber em ternura
E sofrimento ::
O sábado augusto nunca
Estará completo, pode ser
Reinventado ::
É  mágico defender                                       
O secreto sentimento
Brasileiro,
Cultivando-o com jeitinho,
Fazendo força na modelação,
Na afeição ao solene
Status de alforriado sorrateiro,
De professor a partir do invento,
Encantado, estonteante peito
Alforriado de
Perto das estrelas ::