sexta-feira, 26 de agosto de 2016

as bem soberanas
são iguais a você,
e por isso as venero ::
sempre te vejo
nesse espaço
de simplicidade,
bem pequenininha,
uma maloca,
um requinte,
um cheiro
de flor que orna
ou acalma bebês ::
e no espaço
de teu semblante
honrado
porque misteriosamente
vinculado
às soberanas
amorosas de
um olimpo
mais brasileiro,
eu brinco
e ajeito
teu cabelo ::
estrondos
te trazem,
assim como
o vento ::
és iansã,
e eu sempre,
sim,
estremeço ::
uns ficam
chocados ::
outros não
dizem nada ::
mas é principalmente
porque
estou como
um rei
quando eivado
de literatura
que assim
me quedo
apaixonado ::
atingido
pelas flechas
da moça
quando todo
véu e feitiçaria
fornecem
engenharia
para nossos
planos ::
quando estão
em um
único arranjo
teus leões,
tuas formas,
tuas armas,
tuas heras ::
aqui, na preservação
de uma
imbatível
guerrilha,
negros
costumes
ao poeta
são caros ::
uma boca
pintada,
uma cara
de artista,
a relação
com a altivez
de frida kahlo ::
uma
fonte
secreta
te anuncia,
no âmbito
misterioso
desse homem
que sem
medo te ama
e tem por
ti o silêncio
das
formas
familiares
às andorinhas ::
eu te
quero,
eu te cultuo ::
você é meu
corcel de fogo,
você é meu ópio
minucioso,
você é a minha
biblioteca
de alexandria,
minha algazarra
ou folia
do sertão
limpo e organizado,
como a mais perfeita
de todas as mães,
que com arte
me cozinha
e me reparte

em ramos ::

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