que o tempo voe, pois não consigo mais habitar nosso chão comum, das vibrações pouco andorinha ::
eu sou um pai de santo a espera de abençoá-los, íntimo e discreto :: apenas incentivo o esporte
e a vida íntima, vivida junto à natureza :: vou acobertar a carne leitosa e crua do amor entre os deuses,
para dar aos meninos um novo sentido para a palavra "vadiação" :: a carne mole e pura, com jogos
de perder, e ganhar, e velejar :: o castelo de xangô, encravado de espírito, alicerçado com a cor viva da maior televisão
que há, ao vivo, aquela que ninguém quer ver :: meu tempo de poeta acabou, por ser rei supremo,
e evocar sabedorias portanto irreconhecíveis à porta desse mundo enfermo :: mas se vou com as penas
me misturando, e bicando os bicos, sábio e paciente, comendo como passarinho, vou ajeitando
o corte, e ganho de oyá um presente :: por que esses deuses, infelizes!, vivem se degladiando? ::
por serem muito fortes, um mais forte que o outro, e lutando pelo desafio :: mas se afago o recôndito
secreto de teu ninho, minha guerreira nobre e forte e impaciente, de onde saem todas as mulheres, puras ou misturadas, santas ou putas,
abstraindo vou, lentamente, o leve exercício da conjunção carnal divina, daquilo que conseguem
fazer quando não são atrapalhados por seus filhos :: eu sou um dínamo arqueiro, e se quero ser guerreiro
para a caça da grande cabeça mítica voadora, espalhando conselhos que são ovulações da menina mântrica,
eu devo revelar a mim mesmo grandes jóias, de pérolas ocultas, funesto, furando os olhos, e ser
escravo bento, bento da manhãzinha, bem desgraçado e escritor :: ao final, acho que todas essas exigências
femininas, secretas, como perfumes que resolvem problemas sérios, possuem o ardor de uma ciência
misteriosa que fornece o ser humano, sua carne e seu espírito, plantando árvores principescas,
em um grande jardim florido :: para que pensar no êxtase que as fornece? :: nós somos esse Êxtase, e
uma grande filosofia, portanto, deveria se ocupar dessa face, dessa revelação :: há um grande jardim
florido, onde vicejam pés de carne, e seus carinhos são máximos, são tons, são umas regiões que negam
o modo não amoroso :: se podem ser acessadas, essas grandes regiões floridas, envolvem tudo,
com seu máximo, e reinvindicam uma pureza para a realidade insana, bravateiam até que na ordem
racional das coisas o homem e a mulher se conciliem e se consumam mutuamente de amor ::
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