quarta-feira, 17 de agosto de 2016

quando somos alienados do conhecimento mais elaborado, ou levados a um profundo choque
de nossos valores mais consolidados, uma dança instintiva, unindo deuses e demônios, começa
a relembrar o tempo mítico maior de todos :: algo se cala, então, e algo novo se levanta :: a montanha,
com um único gesto, pare o corpo amado de um novo brado em segredo, as folias são mais eternas, os pensamentos
mais precisos, na capacidade de fingir sobre o eterno e seu terrível jeito selvagem, antigo, aborígene, de nos amar :: o choque
de descontinuidade sofrido pelo bRasil, em sua cultura mais humanística, suas letras, sua música,
seu cinema, penso que agora produzirá uma mudança a partir da saudade profunda que tantos sentem :: sinto
a brandura dessa possibilidade se aproximando, para consolar a imensa fartura de pobreza de nossas
tardes de domingo :: sinto como um afago, e que virá, com a respeitabilidade de uma fantasia divina ::

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